O documento tem como objetivo articular a disponibilidade das duas entidades numa rede de cooperação, de modo a viabilizar uma estratégia comum para a Região do Grande Porto no domínio da Compostagem Caseira, na criação de Hortas e na promoção da Agricultura Biológica.

A sessão contemplou ainda a entrega de 26 talhões aos particulares interessados em praticar a agricultura biológica e a compostagem, que já receberam formação em agricultura de modo biológico, ministrada pela Lipor.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e também Presidente do Conselho de Administração da Lipor, Aires Pereira, começou por esclarecer que este projeto das Hortas Biológicas é um bocadinho diferente do anterior – implementado em 2013 –, no sentido em que “há uma preocupação de aliarmos ao conceito da horta os conceitos de compostagem e reutilização como forma de retirarmos dos nossos resíduos de casa o resíduo orgânico obtido dos restos de comida, pois tudo o que misturamos como resíduo indiferenciado é suscetível de ser reutilizado”.

O autarca revelou que “dentro de pouco tempo, iremos iniciar um novo projeto de recolha na nossa cidade com a introdução do quarto fluxo de recolha dos resíduos orgânicos para a produção de composto orgânico. A Lipor faz, hoje, um composto orgânico denominado Nutrimais, um dos melhores, se não o melhor composto que se faz no país, porque não recorre a qualquer produto químico para a sua realização”.

O Presidente do Conselho de Administração da “maior organização pública de recolha de resíduos” informou que a LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto – é a entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos Resíduos Urbanos produzidos pelos oito municípios que a integram: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, ou seja, trata 500 mil toneladas de resíduos por ano.

O Presidente transmitiu que “temos a obrigação de deixar o nosso Planeta em condições para as próximas gerações terem condições para nele habitarem”, realçando a importância do gesto de cada um de nós na produção de resíduo indiferenciado e sua reutilização através da compostagem.

Aires Pereira revelou que “a primeira fase – A Nossa Horta – foi um êxito. Ao longo destes anos não tivemos talhões abandonados. As pessoas interessaram-se, dedicaram-se e fazem daquilo a sua pequena quinta onde vão produzindo produtos que introduzem na sua alimentação”.

Em relação aos novos talhões informou que ainda estão disponíveis cerca de 26 e explicou que para a criação das Hortas Biológicas nos terrenos do Parque da Cidade foram feitas “algumas análises ao terreno e correção de solos”. Aos 26 novos produtores transmitiu que usem os talhões “de acordo com as regras e ensinamentos que vão tendo para a prática da agricultura biológica”, acrescentando que “para qualquer esclarecimento podem recorrer aos técnicos disponibilizados para o efeito”. Aires Pereira referiu que “haverá sempre naquela zona do Parque da Cidade, um espaço dedicado a este tipo de atividade. É muito importante que as pessoas continuem a vir até aqui”.