Este festival que apresenta um programa bastante variado e recebe artistas oriundos de Portugal, Espanha, Itália, Hungria e Bulgária, tem hora marcada para as 16h30, e segue noite dentro até perto das 02h00.

A começar com artistas portugueses e com “Canções Difíceis Fáceis de Saber”, onde Laura Rui, Catarina Valadas e Sónia Sobral exploram o lado lúdico das palavras e abordam a escrita criativa numa perspetiva didática, despertando a atenção para a riqueza da língua portuguesa. Para além das vozes, o trio feminino apresenta-se com acordeão, flauta e ukulele, num registo musical entre o erudito e o circense, sem dispensar a componente teatral e cénica. Às 16h30, para crianças, jovens, famílias. 

No Café Concerto, às 18h30, atuam quatro músicos do Porto, Palankalama, um projeto de música instrumental que pode ser ouvido como a banda sonora de um documentário sobre um tempo e um território geográfico imaginário habitado por homens com poderes telepáticos, dedicada à preservação da memória de toda a música do mundo, desde o Jazz, música klezmer, música Popular Portuguesa, ao Folk, Rock, entre outros.

Às 21h30, é Uxía, uma das maiores embaixadoras da música e poesia galegas. Com mais de 30 anos de carreira, a artista renovou a música tradicional galega, combinando alalás (a forma de música tradicional galega mais antiga e característica) com moma, fado e ritmos brasileiros. Desde a sua estreia com “Foliada de Marzo” em 1986, Uxía publicou 13 discos, pelos quais recebeu importantes reconhecimentos, entre os quais o prémio aRi(t)mar da Embaixada da amizade galego-lusófona em 2019, o prémio da Cultura Galega 2017 ou o prémio de Melhor Álbum em galego nos Prémios de La Música Independiente de Espanha em 2018. Uxia é uma das grandes impulsionadoras das relações musicais e culturais entre a Língua Portuguesa e as suas raízes no Galego. É que, para a cantora, “Ser embaixadora galego-lusófona não é estratégico, sai-me do coração”. Depois da sua passagem pelas Correntes d’ Escritas, em fevereiro deste ano, Uxia volta à Póvoa de Varzim.

De Espanha viajamos para Itália, sem sair da Póvoa de Varzim, às 22h40, na Sala de Ensaios, do Cine-Teatro Garrett, atua Maria Mazzotta, uma das vozes mais importantes da cena musical da região italiana de Apúlia. A artista move-se naturalmente entre os sons típicos do Sul do país e as influências da música dos Balcãs. Entre 2000 e 2015, a artista italiana fez parte do Canzoniere Grecanico Salentino, a banda com quem gravou seis álbuns e a acompanhou nos mais importantes festivais internacionais de world music. 

Diretamente da Hungria e da Bulgária, às 23h40 chega Meszecsinka,“Small moon”, assim é a tradução do nome, cantam em sete línguas – húngaro, russo, búlgaro, finlandês, inglês, árabe e castelhano – e transportam os ouvintes para um espaço místico, onde o folk húngaro e búlgaro andam de mãos dadas com o flamenco e funky, o oriental e o experimental. Contam com 3 discos e este ano comemoram o 10º aniversário com visitas a vários países como Rússia, Cazaquistão, Alemanha, França, entre outros. 

A fechar o festival Maré sobem ao palco do Café Concerto, às 00h45 os brasileiros “Samba sem Fronteiras”, uma roda de samba nascida entre um grupo de amigos brasileiros, residentes em Portugal, que procuravam manter viva a música que nasceu para celebrar a vida e reinventar a alegria. Nos últimos seis anos percorreram Portugal de norte a sul e em 2018 lançaram o primeiro disco de originais. É com o mote de soltar a voz, deixar o corpo entrar no ritmo e celebrar a cultura brasileira.

Os bilhetes vão estar à venda a partir de dia 12 de novembro, terça-feira, na Bilheteira do Cine-Teatro Garrett e na Bilheteira Online Bol, por 10€.