O evento decorreu no passado sábado à tarde, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e contou com a presença do Presidente e do Vice-Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira e Luís Diamantino, do Presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão Ferreira, e de familiares do ilustre poveiro António dos Santos Graça.

O Presidente da Câmara começou por constatar que este ano as comemorações do Dia da Cidade começaram mais cedo e com duas homenagens muitos especiais: a primeira decorreu esta manhã e foi dirigida a José de Azevedo porque, enquanto Presidente da Câmara, aprovou a construção do novo mercado municipal, cujas novas obras de reabilitação foram concluídas; a segunda é esta e diz respeito a António dos Santos Graça, autor dos mais importantes livros sobre a nossa comunidade piscatória, O Poveiro (1932) e a Epopeia dos Humildes (1952), e cuja reedição concretizamos agora.

Aires Pereira salientou que “esta reedição fac-similada d’O Poveiro, além do rigor face à 1ª edição, exibe a primeira página do manuscrito que Santos Graça nos deixou”, acrescentando ainda que “temos uma edição muito especial d’O Poveiro, cuja 1ª edição foi oferecida ao Presidente da República em fevereiro, na sessão de abertura do Correntes d’Escritas, com capa de prata”.

O Presidente revelou que “além destas reedições, iremos cumprir, finalmente, um desejo antigo dos poveiros: termos uma estátua do Santos Graça, que vos convido a inaugurar, no próximo dia 7 de setembro, na Avenida com o seu nome. Essa escultura, criada pelo Nando, que nos deixou há poucos meses, permitirá cumprir uma dívida da Póvoa para com o fundador do nosso Museu e do Rancho Poveiro, além das muitas associações que integrou, e que também presidiu a esta autarquia”.

Terminou agradecendo a presença de todos, em especial aos netos e bisnetos de Santos Graça presentes, transmitindo que “a comunidade poveira tem Santos Graça num patamar muito elevado, dos maiores entre os maiores que fazem parte da história da Póvoa de Varzim”.

Em representação da família, Benilde Graça, “a neta mais experiente” de António dos Santos Graça, agradeceu à Câmara Municipal e manifestou um orgulho e emoção muito grandes.

O Presidente da Assembleia Municipal disse que via com bons olhos a reedição dos livros porque são “sinal identitário da Póvoa”.

Na sua opinião, “é importante que as sociedades tenham os seus ícones, qualquer coisa que nos liga” e, neste sentido, “nada melhor do que um livro que retrata a forma de ser e de viver de uma época que deu origem áquilo que somos hoje”.

Afonso Pinhão Ferreira transmitiu que “António dos Santos Graça soube divulgar e perpetuar o que nos liga a todos”.