O Museu Municipal apresenta, como habitualmente, os seus tradicionais presépios, “sempre diferentes, feitos com a arte do Zezé e o empenho e esforço dos colaboradores da instituição.
Aí vamos encontrar desde o grande presépio tradicional, com o musgo e muitas figuras em barro de Barcelos, ao realizado com figurado mais pequeno e guardado numa caixa protegida por vidro, como as ‘maquinetas’ do período barroco, ao realizado com esculturas do Museu, em que um dos apóstolos se transforma em S. José e a Santa Isabel rainha da Hungria, em Nossa Senhora”, descreve Deolinda Carneiro, diretora do Museu Municipal.

Nos lares poveiros, por altura do Natal, não havia pinheiros, nem “luzes”, nem bonecos de Pai Natal, em vez disso o Presépio tornava-se o centro da casa e das atenções de miúdos e graúdos. A dimensão e aspeto do presépio na casa poveira não dependia apenas da capacidade económica do proprietário, mas antes da sua habilidade e do empenho de todos os membros da família, que recolhiam o musgo, parcelas de cortiça e amealhavam uns tostões para comprarem mais uma figura em barro de Barcelos. Veja Fotogaleria.

Os Presépios Tradicionais foram um dos pontos da Visita Guiada noturna, organizada esta quarta-feira à noite.

Numa perspetiva de manter vivo o “encontro cultural” às Quartas-feiras à noite no Museu e na sequência do curso de arte realizado em meses anteriores, “decidiu-se organizar esta visita noturna à salas das exposições, para aperfeiçoar conhecimentos, suscitar dúvidas e criar uma tertúlia entre os participantes”, referiu Deolinda Carneiro. Veja Fotogaleria.
A visita teve oportunidade de mostrar a evolução do traje de noiva desde o século XIX, também se abordou a colaboração dada pelo público em geral mediante a cedência de peças, documentos e fotografias da época, tal como aconteceu na mostra de trajes de noiva e na mostra sobre a I Guerra mundial.