Hoje, foi Terroso a freguesia na qual o autarca passou a tarde, primeiro visitando o Centro Social e Paroquial, a Associação Colunas d’Emoção, o Campo de Futebol e algumas ruas que carecem de obras de beneficiação e, depois, encontrando-se com a população na sede da Junta. Acompanhado pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal, Luís Diamantino, pelos Vereadores Andrea Silva e Ricardo Zamith, e pelo Presidente da União de Freguesias Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, Carlos Maçães, Aires Pereira respondeu, essencialmente, a questões que se prendem com o ambiente, com a Cividade, com os resíduos sólidos e saneamento.    

Mas, tal como já referimos, a tarde começou no Centro Social e Paroquial. O Padre Pedro, figura incontornável da freguesia, recebeu a comitiva e falou sobre o dia a dia dos utentes, crianças e idosos, e da benfeitoria de Sérgio Cardoso e Jorge Moreira, dois médicos poveiros que, todas as semanas, dedicam tardes a consultar e a certificarem-se pelo bem-estar dos utentes do Centro.

A visita à instituição ficou marcada pela comemoração do aniversário do Sr. João, um dos utentes do Centro, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal e da sua comitiva para cantar os parabéns pelos seus 85 anos. À partida, esta pode não parecer uma informação relevante no que diz respeito aos objetivos destas visitas às freguesias. Mas o contacto com a população é, exatamente, a maior finalidade das tardes de sábado. O Sr. João continuou a festejar mais um ano de vida e o Presidente da Câmara Municipal seguiu para a Associação Colunas d’Emoção, na qual são lecionadas aulas de saxofone, cavaquinho, bateria, violino, guitarra, flauta transversal, piano e trompa. Instalada num edifício que pertence à Junta de Freguesia, a Associação tem feito, segundo o edil “um trabalho notável e do qual fiquei particularmente agradado. Trata-se de um grupo de jovens professores muito organizados e pró-ativos que não esperam a ajuda da Câmara para dar início aos seus projetos. Existem associações que estão sempre à espera dos subsídios do município e a Colunas d’Emoção não é, definitivamente, uma delas”. Aires Pereira considera que este é um excelente exemplo da certa utilização de um edifício público: “vamos entregando os espaços à medida que os projetos apresentados mostram que serão uma mais-valia para o bem-estar da população. Não temos interesse em manter os edifícios fechados, mas estes devem servir a comunidade e, como tal, apenas projetos com esse fim irão ocupar aquilo que pertence a todos”. Aires Pereira sublinhou: “não sou dono de nada. Apenas administro aquilo que me confiaram. O meu objetivo é que, quando deixar de o fazer, tudo esteja melhor do que aquilo que encontrei”.

Também na Associação Colunas d’Emoção uma das alunas se destacou. Raquel fez questão de apresentar-se a Aires Pereira e a mostrar a sua técnica na bateria.

O Campo de Futebol foi também visitado pelo autarca. Adepto da filosofia dar a cana e não o peixe, Aires Pereira pretendeu, com a colocação de relvados sintéticos, permitir às associações a sua sustentabilidade, não dependendo de subsídios públicos para as suas atividades.

Depois de visitadas a Rua das Pousadas e o Pé do Monte foi, então, altura de conversar com a população.

Uma das questões prendeu-se com o perigo de incêndios pelo facto de a população não proceder à limpeza das matas. A sensibilização será efetuada, garantiu o Presidente, “embora saiba de antemão que os técnicos vão estar a falar para salas vazias. Continuaremos a pedir aos párocos para falarem nas missas, a distribuir panfletos, mas não é através da pressão que se irá resolver este assunto. Esta é uma questão de civismo”. O autarca sublinhou, ainda, a injustiça para os proprietários que limpam os seus terrenos quando são afetados por incêndios devido à falta de limpeza dos seus vizinhos.

Questionado sobre outra “injustiça”, segundo um munícipe, Aires Pereira anunciou que será colocado em prática, numa zona piloto da Póvoa de Varzim, um sistema de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos que já está a ser utilizado na cidade da Maia. O que acontece atualmente na Póvoa de Varzim é o pagamento do valor mínimo (€10) pela recolha do lixo, uma vez que este está diretamente relacionado com o gasto da água. Ora, muitos munícipes não efetuam as suas ligações à rede de saneamento e utilizam os seus poços de água, o que leva, então, a apresentarem gastos nulos de água e, consequentemente, a pagarem o mínimo pela recolha do lixo. Com o novo sistema de recolha, o munícipe irá pagar pela quantidade exata de lixo que produzem, em vez da taxa indexada à fatura da água.

Este sistema denomina-se PAYT (Pay as you trow) – qualquer coisa como “pague à medida que deita o lixo fora” – e, basicamente, quanto mais lixo um habitante produzir, mais paga. Em cada habitação serão entregues quatro contentores (para o lixo indiferenciado, o plástico, o vidro e o papel), equipados com sistemas que permitem pesar a quantidade de resíduos depositados e identificar o utilizador, através de um cartão.

Sobre o lugar na freguesia de Terroso Pé do Monte, o Presidente da Câmara Municipal considera que não basta substituir a calçada por paralelo. “A zona tem potencial para se tornar na ex-líbris de Terroso. Eu resistiria a fazer algo rápido. Vou dar indicação aos técnicos da Câmara para estudarem a zona e apresentarem um projeto de iluminação e pavimentação.