O evento deste ano, que voltou a ter uma forte componente empresarial, realizou-se no Pavilhão Multiusos de Aguçadoura, cedido pela Junta de Freguesia, bem como ao longo da rua junto ao equipamento, ao longo dos dois dias (sábado e domingo). Foram realizadas um conjunto de palestras, associadas à exposição de vários stands que confirmaram a sua participação, animando desta forma o centro da vila de Aguçadoura.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, fez questão de marcar presença em diversos momentos deste certame que contou também com a participação de Mário Araújo, Subdiretor Regional da Agricultura.

A animação não faltou e no primeiro dia, sábado à noite, houve uma sessão de fados, com artistas de Coimbra, que apresentaram um espetáculo inovador intitulado “Fado na Baixa”.

No domingo, a seguir ao almoço, o largo da igreja paroquial de Aguçadoura encheu-se para um concerto de Zé Amaro e a sua banda.

Depois do espetáculo, foi servida no interior do pavilhão a Sopa D’A Póvoa.

Na sessão de encerramento, o Presidente da Câmara referiu que “o modelo que optamos para o evento este ano, chegado ao final do dia de hoje, penso que é um modelo a aplicar e reaplicar nos anos seguintes”.

Aires Pereira transmitiu que “estas 9as Jornadas Técnicas de Horticultura são, naturalmente, para todos os horticultores e muito importantes sob o ponto de vista de debaterem alguns assuntos quer com autoridades quer com pessoas ligadas ao meio que, de alguma forma, nos possam fazer evoluir para que as nossas empresas e a nossa atividade progrida”.

No entanto, o edil considera que a parte lúdica do evento também é “muito importante para juntarmos todas as pessoas à nossa volta”.

Sobre a horticultura e agricultura no país, Aires Pereira referiu que é “uma das principais, senão a principal atividade do setor comercial e produtivo do concelho da Póvoa. Esta atividade é, hoje, a que mais gente emprega no nosso concelho.

É preciso olhar para a agricultura como um parceiro importante no desenvolvimento económico do nosso concelho, como uma marca importante na divulgação do nome da nossa terra. Não me canso de, em todo o lá em que estou, valorizar esta atividade (devo ser o vosso melhor comercial), a importância que tem para o setor económico da Póvoa de Varzim e a marca importante que é para a nossa cidade”.

Aires Pereira transmitiu que “no Norte, e principalmente na região da área Metropolitana, estamos a ser alvo da visita de muitos turistas e temos aqui ainda um filão muito importante para explorar: a divulgação daquilo que fazemos de melhor. No setor hortícola, tal como no setor leiteiro, produzimos bem e é preciso continuar a afirmar que produzimos bem e em segurança.

Não tenho dúvida de que se há setor que está hoje muito regulado e atividade que é muito fiscalizada porque tem a ver com a saúde de todos nós é a atividade agrícola. O que fazemos, fazemos bem e é um produto efetivamente garantido pela sua qualidade e pela qualidade do que é utilizado na nossa agricultura. Nesse sentido, é algo que devem continuar a preservar porque hoje vivemos numa economia muito competitiva, tal como vocês, e vão vencer e sobreviver os melhores, os que são capazes de garantir melhores condições para o mercado. Assim sendo, é importante a responsabilização de todos e de cada um dos produtores porque basta um não cumprir para afetar toda a zona hortícola”.

Aires Pereira constatou que a iniciativa da Sopa d’A Póvoa foi “uma aposta ganha hoje porque estiveram cá muitas centenas de pessoas e foi uma oportunidade dos expositores presentes no certame darem a conhecer os seus produtos, ou seja, dizerem que valeu a pena virem até aqui”.

O Presidente referiu que “temos uma responsabilidade muito grande de criar emprego e riqueza. Nesta zona, há condições de trabalho para quase toda a gente e isto deve-se, fundamentalmente ao vosso trabalho, espírito de colaboração e aquilo que é a vossa atividade. Da parte do Município, aquilo que muitas vezes se pede é que não complique, que não crie barreiras administrativas onde elas não existem, ou seja, que o Município seja um parceiro”.

A este propósito, acrescentou “a burocracia é o principal inimigo do crescimento económico e no que me diz respeito e no que diz respeito à Câmara da Póvoa temos vindo a fazer um esforço grande no sentido de estar mais próximo e de vos fazer perder o mínimo tempo possível e de fazer com que tenham menos dificuldades naquilo que são as adaptações que muitas vezes são necessárias serem feitas”.