Trata-se de um ateliê de formação de costureiras e de prestação de serviços ao público em geral, no âmbito de pequenos arranjos de costura, promovido ao abrigo do projeto Póvoa Mais, enquadrado no Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS), que visa promover a coesão social dos cidadãos em especial situação de vulnerabilidade, através de ações de combate à pobreza e exclusão social e do aumento das conduções de empregabilidade. O programa é financiado por fundos estruturais em conformidade com a legislação nacional e comunitária.  

Luísa Tavares Moreira, a presidente da direção da CVP da Póvoa de Varzim, referiu que este é “um projeto muito acarinhado pela instituição por se dirigir à empregabilidade, sendo o primeiro de outros que vão nascer em breve”. A dirigente da CVP adiantou que o objetivo do Espaço Costura é dar formação a pessoas desempregadas há um longo período de tempo, que estavam a receber apenas o Rendimento Social de Inserção (RSI), “tentando encaminhá-las para o mercado de trabalho e ajudá-las a reerguerem-se na vida”.

A coordenadora do CLDS, Daniela Almeida, explicou que o Espaço Costura configura uma microempresa, que começa por fornecer formação (certificada pela Iconefile) a dois grupos de costureiras, num total de nove mulheres desempregadas, proporcionando depois oportunidades de trabalho.

Assim, Daniela Almeida, prevê que, dentro de duas semanas, as costureiras possam iniciar o trabalho direcionado ao exterior, isto é, ao público interessado em pequenos arranjos de costura.

A preocupação em dar ocupação às pessoas é uma “iniciativa muito louvável e reprodutível” no concelho, afirmou o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim. O autarca explicou que a sua presença na inauguração do Espaço Costura significa que pretende “dar força a este tipo de iniciativas”.

Existe um conjunto de instalações disponíveis nesta altura, como sedes de Junta e escolas desocupadas, para onde a autarquia pretende canalizar, em parceria com o Centro de Emprego, pequenas oficinas de artesanato para onde se podem encaminhar pessoas mais velhas desempregadas há longo tempo. Aires Pereira frisou que é preciso que “estas pessoas não percam o caminho do mercado de trabalho, até pelos muitos ensinamentos que podem transmitir aos mais novos”.

Assim, irão ser definidos protocolos em breve com o Centro de Emprego local para a colocação de desempregados em oficinas de artesanato, de forma a conseguir os meios financeiros para a realização de obras de adaptação e levar a cabo as ações de formação. A Câmara Municipal está disposta a colaborar com a cedência de espaços e sob o ponto de vista logístico, garantiu Aires Pereira.