Luís Diamantino, Vice-Presidente da Câmara Municipal e Vereador do Pelouro da Cultura, abriu oficialmente os trabalhos que assinalaram o encerramento do período, de dois anos, em que o município da Póvoa de Varzim presidiu à Rede Nacional da Cultura dos Mares e dos Rios. “E o trabalho feito – que incluiu exposições, lançamento de livros, atividades do serviço educativo e uma quantidade apreciável de eventos, e que, entre 2012 e 2014, envolveu cerca de 5500 pessoas de todos os escalões etários”, afirmou o autarca.

“Somos internacionalmente conhecidos como um país de marinheiros, por efeito da ação daqueles que, sobretudo nos séculos XV e XVI. No mar nos mantivemos alguns séculos, ligando-nos às comunidades que dominávamos nos vários continentes e com as quais estabelecemos relações culturais a par de uma deficiente exploração comercial das riquezas aí produzidas, que pelo mar circulavam, animando o comércio internacional de que outros se aproveitaram mais que nós”.

Luís Diamantino lembrou que “a atividade pesqueira, na costa e ao largo, fez dos portugueses o povo que mais peixe consome em toda a União Europeia”. Sobre as vertentes locais que interessam à Rede Nacional, o Vice-Presidente sublinhou que “esta relação, naturalmente se concretiza de modo diferente, e com escalas diferentes, em cada um dos nossos municípios”.

“A entrada da nossa barra foi, ao longo dos séculos, medonha, tantos eram os naufrágios que ali ocorriam e que semeavam o luto e a dor na colmeia piscatória. Era uma relação de necessidade e de medo, a que a população, à falta de alternativas, se resignava. A construção do porto de pesca, em meados do século passado, veio suavizar e tornar mais próxima a relação do pescador (e, em geral, do poveiro) com o seu mar. A nova construção naval e a tecnologia nela aplicada ajudaram consideravelmente ao crescimento da segurança – quer na faina, quer na chegada a terra. Restava, ciclicamente, o assoreamento da barra e o reforço da segurança dos molhes, muito fustigados quando o mar lhes batia impiedosamente”, explicou Luís Diamantino.

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