«Poder e Contrapoder na História da Música» dará mote à conferência proferida pelo musicólogo, às 21h45, no Museu Municipal.

Sobre o tema que irá desenvolver, Rui Vieira Nery adiantou: “Ao longo dos séculos a Música serviu de veículo à afirmação simbólica da legitimidade e do prestígio de sucessivos modelos de poder político ou religioso, mas também de expressão de desafios à autoridade e de contestação da ordem estabelecida. À instituição de normas litúrgicas únicas, à constituição de Capelas Reais e Teatros Régios ou à afirmação de identidades nacionais contrapuseram-se desobediências, escolhas individuais indisciplinadas, manifestos políticos subversivos mais ou menos radicais e a História da Música foi-se fazendo desta dinâmica constante de poderes e contrapoderes”.

 

Rui Vieira Nery nasceu em Lisboa em 1957. Iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música de Santa Cecília e prosseguiu-os no Conservatório Nacional de Lisboa. É Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa (1980) e Doutorado em Musicologia pela Universidade do Texas em Austin (1990), que frequentou como Fulbright Scholar e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. É presentemente Professor Associado da Universidade Nova de Lisboa e Investigador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança e do Centro de Estudos de Teatro, bem como Diretor do Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas. Como musicólogo e historiador cultural, é autor de diversas obras sobre Música erudita portuguesa no período do Antigo Regime e sobre Música Popular urbana dos séculos XIX a XXI, bem como de largo número de artigos científicos publicados em revistas e obras coletivas especializadas, tanto portuguesas como internacionais. Exerce também uma atividade intensa como conferencista, no plano nacional como em vários países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. É Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História e da Academia de Marinha, Membro do Parlamento Cultural Europeu e Membro Honorário do Fórum Ibero-americano de Artistas e Intérpretes, e foi agraciado, entre outras distinções, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, as Medalhas de Mérito dos Municípios de Lisboa e da Póvoa de Varzim e o Prémio Internacional CICOP de Património Cultural Imaterial. Desempenhou as funções de Secretário de Estado da Cultura no XIII Governo Provisório e é atualmente Membro Individual do Conselho Nacional de Cultura.

O FIMPV 2016 propõe a divulgação da música de 68 compositores, entre os quais 12 portugueses e diversos autores anónimos, da Idade Média à contemporaneidade. Num total de 170 intérpretes, 110 são portugueses e os restantes provêm da Espanha, França, Grã-Bretanha, Federação Russa e Suíça. Esta 38ª edição do FIMPV é organizada pela Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim e conta com os apoios estruturantes da Direcção-Geral das Artes (Ministério da Cultura), da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e do Turismo de Portugal, I. P., bem como de patrocínios e serviços de diversas empresas, ao abrigo de Lei do Mecenato.

Consulte o programa completo do 38º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim.

O preço dos bilhetes é de 3,00€ por espetáculo. A aquisição de bilhetes poderá ser feita a partir de 1 de julho, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, na receção da Escola de Música. Poderá ainda obter informações através dos telefones 252 614 145 ou 965 342 139.