O concerto abre com Trio para cordas nº 1, em Si bemol maior, D. 471 (Allegro), de Franz Schubert (1797-1828), seguindo-se Leos Janácek (1854-1928)

Sonata para violino e piano (1912-1921)

  1. Con moto

  2. Ballade. Con moto

  3. Allegretto

  4. Adagio

Intervalo (15 minutos)

Anton Dvorák (1841-1904)

Quinteto em Lá maior, op. 81 B. 155, para piano e quarteto de cordas

  1. Allegro ma non tanto

  2. Dumka – Andante con moto

  3. Scherzo – Molto vivace (Furiant)

  4. Finale – Allegro

Nascido em 1969, o pianista Piotr Anderszewski, de origem polaca e húngara, iniciou os seus estudos de piano aos seis anos. Prosseguiu-os nos Conservatórios de Lyon e Estrasburgo, na Universidade da Califórnia do Sul e na Academia Chopin, de Varsóvia.

A estreia londrina em recital em Fevereiro de 1991 no Wigmore Hall – com as Variations Diabelli ,de Beethoven, e as Bagatelles op.126 – obtém um entusiástico acolhimento do público e da imprensa, lançando assim a carreira internacional de Piotr Anderszewski.

Um primeiro disco, publicado em 1996 e consagrado a obras de Bach, Beethoven e Webern, ganhou o Prémio da Crítica polaca. O segundo CD foi consagrado a Bach, assim como dois recitais gravados com Viktoria Mullova, que obtiveram um vivo sucesso. Artista exclusivo da Virgin Classics, Anderszewski realizou em Maio de 2001 uma gravação das Variations Diabelli ,de Beethoven, que coincidiu com a realização de um documentário de longa metragem por Bruno Monsaingeon, em que se acompanha a par e passo o trabalho de preparação do pianista até à apresentação pública da obra (Diapason d’Or, Choc da revista Le Monde de la Musique). Também gravou concertos para piano de Mozart, acompanhado pela Sinfonia Varsovia (por ele dirigida a partir do piano), uma gravação das Partitas números 1, 3 e 6 de Bach, bem como um recital de Baladas, Polacas e Mazurcas de Chopin. Recentemente foi publicado um DVD com as Variações Goldberg de Bach, filmadas por Bruno Monsaingeon.

A temporada de 2007-08 assistirá à digressão de Anderszewski no Japão e Europa, a última incluindo apresentações no Queen Elizabeth Hall, de Londres, no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris, e na Wiener Konzerthaus. Em 2008 regressará à Chicago Symphony Orchestra e à Filarmonia de Londres para interpretar obras de Beethoven e Brahms.

Augustin Dumay é, para a maior parte dos que o ouviram recentemente, um dos violinistas mais refinados e inteligentes da actualidade. O público europeu tinha-o descoberto graças ao encontro com Karajan, nos concertos com a Filarmónica de Berlim, nas gravações para a EMI, onde revelou, a par do talento musical, uma forte presença mediática.

Ao longo dos últimos anos escolheu, em contracorrente, consagrar uma grande parte da sua actividade ao aprofundamento do grande repertório clássico e romântico.

Este trabalho de fundo concretizou-se em algumas gravações indiscutíveis para a Deutsche Grammophon, designadamente a integral das sonatas para violino e piano de Beethoven, com Maria João Pires (Deutsche Grammophon 2002), que “contribuiu para um notável enriquecimento da discografia destas obras”, e os concertos de Mozart com a Camerata Academica Salzburg (direcção e violino). Augustin Dumay apresenta-se regularmente com as maiores orquestras do mundo, sob direcção dos mais relevantes maestros actuais, tanto como solista como director musical das melhores orquestras de câmara. É professor na Chapelle Musicale Reine Elisabeth, onde ensina alguns jovens violinistas de alto nível, e é director musical da Orchestre Royal de Chambre de Wallonie, desde 2003, e, a partir de 2008, Maestro principal convidado da Kansai Philharmonic Orchestra (Osaka).

De origem polaca e húngara, Dorota Anderszewska iniciou a formação musical na cidade natal de Varsóvia. Obteve uma bolsa de estudos para se aperfeiçoar, na University of  Southern California, de Los Angeles, e na Julliard School, de Nova Iorque, onde obteve o Master of Music Degree na classe de Dorothy Delay.

Dorota Anderszewska foi laureada de numerosos concursos internacionais e, em Janeiro de 1998, foi nomeada Violino solo (supersolista) da Orchestre National Bordeaux Aquitaine, tendo também sido convidada, como Konzertmeister, por numerosas orquestras francesas, pela Camerata de Salzbourg, e ainda pela Sinfonia Varsovia. Por outro lado, forma um duo com o seu irmão, o pianista Piotr Anderszewski, com quem gravou um recital Mozart, Beethoven et Schubert. No quadro de prestigiadas manifestações, multiplica apresentações nas melhores salas europeias, asiáticas e norte-americanas.

Maxim Rysanov é indubitavelmente um dos melhores e mais carismáticos violetistas da actualidade. É convidado regularmente a actuar como solista e músico de câmara em muitos países e tem sido convidado a participar em muitos prestigiados festivais e salas de concerto de todo o mundo. Trabalha regularmente com relevantes artistas como Marc-Andre Hamelin, Janine Jansen, Giya Kancheli, Gidon Kremer, Mischa Maisky, Lev Markiz, Viktoria Mullova, Julian Rachlin, Maxim Vengerov, o ASCH Trio, entre outros. As suas apresentações a solo, no Reino Unido, têm tido lugar no Royal Albert Hall, Wigmore Hall, Bridgewater Hall, e St. John’s Smith Square.

Nasceu na Ucrânia, mas reside actualmente em LOndres, depois de ter estudado na Guildhall School of Music and Drama e, antes, na Escola Especial de Música de Moscovo. É o vencedor de diversos prémios internacionais, incluindo o Lionel Tertis International Viola Competition, o Guildhall Gold Medal, Valentino Bucchi International Viola Competition, Carmel international Chamber Music Competition, Haverhill Symphonia Soloist Competition e, mais recentemente, o prestigiado Concurso de Genebra. Maxim sempre dedicou uma grande parte das suas energias criativas a promover a nova música. Diversas obras têm-lhe sido dedicadas, incluindo obras de Dobrinka Tabakova e Elena Langer. Mais recentemente, apresentou em estreia mundial um novo Duo Concertante para viola e violoncello, de Artyom Vassiliev, no Spitalfields Festival, com a Sinfonia de Britten.

Jian Wang começou a estudar violoncelo com o pai, aos quatro anos de idade. Quando era estudante no Conservatório de Xangai, foi exibido no célebre documentário “From Mao to Mozart: Isaac Stern in China”. O encorajamento e apoio de Isaac Stern facilitaram-lhe o caminho de transição para os Estados Unidos onde, em 1985, ingressou na Yale School of Music para cumprir um programa especial com o famoso violoncelista Aldo Parisot. Ao longo da temporada de 2007/8 os compromissos de Jian Wang incluem colaborações com a Camerata Salzburg, a Orquestra Gulbenkian e uma digressão com a Swedish Chamber Orchestra. Regressará ao Extremo Oriente onde actuará com a Hong Kong Philharmonic, Orquestras de Singapura e Taiwan National Symphony. Na última temporada, as apresentações de Jian Wang incluiram o Florence Maggio Musicale com o maestro Dudamel, City of London Sinfonia com o maestro Hickox e uma importante digressão no Extremo Oriente com a BBC Symphony Orchestra e o seu director musical Jiri Belohlavek.

O primeiro compromisso profissional foi em 1986, no Carnegie Hall de Nova Iorque. Desde então, iniciou uma importante carreira internacional, logo com eventos tão relevantes como concertos com a Mahler Youth Orchestra de Claudio Abbado e com a Royal Concertgebouw Orchestra sob direcção de Riccardo Chailly (em Amsterdão e em digressão à China). Também tocou com muitas outras importantes orquestras do mundo, como as de Filadélfia, Boston, Detroit, Cleveland e Chicago; NHK Symphony, Zurich Tonhalle, Stockholm Philharmonic, Santa Cecilia, Halle (Reino Unido), Scottish Chamber, Mahler Chamber e a Orquestra Nacional de França. Estes concertos têm sido apresentados com muitos dos maiores maestros, como Ashkenazy, Dutoit, Chung, Krivine, Sawallisch, Neeme Järvi, Eschenbach, Dausgaard, Wigglesworth e Harding.