Miguel Real, o autor de Nova Teoria do Mal, da editora Dom Quixote, refere «Como não sou político, nem vocação para tal tenho, não escrevi sobre o Estado e a política, mas sobre o fundamento filosófico que confere prazer interior à ação pela qual um homem, situado em centro de poder, humilha outro, extorquindo-lhe direitos – o mal.»

 «Hoje, sempre que vos apareça no ecrã da televisão um economista com funções governamentais – não duvideis: eis a face explícita do mal, aquele que levou a Europa à decadência e se prepara para, alegremente, destruir o planeta.»

Um Piano para Cavalos Altos de Sandro William Junqueira, da editora Caminho fala-nos de uma cidadela cercada pela natureza onde os lobos são ameaça. Um muro que serve de barreira. Uma sociedade exemplarmente organizada, anos após um grande desastre. Um governo que sabe que o medo é motor e que legisla música. Uma fábrica que produz empadas e apronta cremações. Um microcosmo familiar onde um filho é amarrado a um piano. Um homem dotado da capacidade de sonhar com aquilo que ainda não aconteceu, mas que é certo ir acontecer. Uma rebelião que se levanta. Um cavalo que não perde elegância. Um corvo que gralhará na hora da sorte. Um Piano para Cavalos Altos pretende ser uma metáfora de um mundo regido pela ordem, pela disciplina. Uma premente reflexão sobre o poder: o poder do controlo, o poder da comunicação, o poder do corpo.