A sessão contou com a presença de Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, Maria Emília Côrte-Real, autora do prefácio do livro e responsável pela sua apresentação, e Filipa Costa, da Papiro Editora que publicou a obra.

Luís Diamantino reconheceu na publicação deste livro um “acto de coragem de Maria Duval para dizer aquilo que pensa quando isso não corresponde ao que a maioria de nós pensa”, acrescentando que se trata de uma “afronta ao pensamento comum”.

O Vereador afirmou que “Maria Duval desnuda-se interiormente ao escrever o livro”, executando e assumindo o seu projecto numa viagem que se prende com o espírito. O autarca referiu ainda que “o livro é para ler e digerir com calma e contemplação”, apresentando uma leitura muito acessível e uma linguagem muito transparente.

Maria Emília Côrte-Real também caracterizou a escrita de Maria Duval como “muito simples e despretensiosa, porventura a que melhor serve a sua narração quase coloquial” através da qual exprime uma “visão dos acontecimentos em que fenómenos e situações paranormais têm, ao longo dos anos, entrado na sua vida”.

“Essas situações perturbam-na e mergulham-na em dúvidas e interrogações e, para desvendar os enigmas recorre a fontes e percorre caminhos em busca de respostas”, continuou.

Na opinião de Maria Emília Côrte-Real, através deste livro “Maria Duval partilha uma extraordinária experiência psíquica que viveu e que, pelas suas características de invulgaridade e de transcendência daquilo que se costuma considerar como «parâmetros da normalidade», nos põe a reflectir sobre o que estará para além do mundo do sensorial no qual decorre o nosso dia-a-dia”. Em Viagem Espiritual, “o campo do real e do metafísico intersectam-se no relato de uma vivência que tem tanto de misterioso como de aliciante”, verificou.

Maria Duval confessou que sem a força dos amigos não teria coragem para dar voz aos seus pensamentos e publicar este livro. A autora reconhece que Viagem Espiritual deve ser lido com muita calma para ser compreendido e que a interpretação da obra depende da sensibilidade de cada um.

Convencida de que nada acontece por acaso, Maria Duval alerta o leitor para a subjectividade da sua escrita e consequentemente para o facto de poder ou não encontrar respostas para as suas inquietações.