Em discussão está a necessidade urgente de assegurar condições aos portos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde manifestada por José Festas, Presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.

Consciente de que o Diretor Geral poderá ajudar o mais rápido possível, José Festas foi assertivo ao transmitir a urgência das dragagens das barras da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

“Os pescadores não aguentam mais. Estamos no limite”, disse o Presidente da Associação, alertando para a necessidade do porto estar operacional, não  afetando a economia local e a vida dos pescadores.

Artur Simas Silva, Capitão dos Portos de Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, também esteve presente no encontro revelando que as barras se encontram muito assoreadas e tem sido recorrente fechá-las. São portos muito complicados, acrescentou.

Perante a situação, o recém-empossado Diretor Geral dos Recursos Marítimos comprometeu-se a atuar no sentido de, a nível político, transmitir este sentido de urgência para tentar que possa haver algum apoio no sentido de agilizar ainda mais a solução deste problema.

Miguel Sequeira justificou a sua visita como servindo para “inteirar-me da situação real destes dois portos, que é já conhecida da Direção Geral. Há trabalho desenvolvido no sentido de preparar estes trabalhos de emergência e têm havido investimentos no sentido de manter estas barras operacionais. Infelizmente, não têm sido suficientes, uma vez que os trabalhos são feitos e pouco tempo depois a situação repete-se.

O Diretor Geral dos Recursos Marítimos explicou que foi analisada uma primeira abordagem a pensar a médio/longo prazo em soluções mais estruturantes e mais duradouras, mas também sentido de urgência da situação atual em que as comunidades piscatórias dependem da sua atividade de operacionalidade.

“Assegurei que a Direção Geral vai atuar a nível técnico. Vou fazer tudo para que o processo corra com a maior celeridade para tentar que sejam seguidos todos os passos para passarmos da avaliação técnica que já foi feita para podermos avançar com as dragagens de emergência”, transmitiu, advertindo que todos os procedimentos administrativos são sempre mais lentos do que o desejável.

“Vamos continuar a aprofundar vários modelos porque, de facto, temos um enquadramento legal com alguma complexidade, não só de cariz nacional mas também decorrente de convenções internacionais nomeadamente no que diz respeito à imersão de resíduos, às questões ambientais”, esclareceu.

Miguel Sequeira revelou que gostaria de encontrar um mecanismo para evitar que o Estado tenha de pagar duas vezes a deslocação de areia, ou seja, a retirada do sítio onde está a mais e voltar a ter de pagar a sua colocação nos sítios onde faz falta, ou seja, há aqui uma possibilidade de o Estado encontrar um mecanismo que permita poupar dinheiro e rentabilizar esforços.

“Vamos tentar encontrar soluções que tenham pés para andar”, garantiu, assumindo que o desejável seria que ainda este ano pudéssemos ter este problema resolvido e, para isso, “tentaremos pôr cá a draga o mais depressa possível”, transmitiu o Diretor Geral dos Recursos Marítimos.