De forma a contribuir para a reutilização e reciclagem de recursos, os munícipes poveiros contam com um conjunto de estruturas que permitem deposição diferenciada de vários materiais. Não há, por isso, desculpa para não reciclar na Póvoa de Varzim!
A Câmara Municipal iniciou a recolha selectiva, em 1991, apenas com o vidro. Em finais de 1997 a recolha foi alargada aos restantes materiais, através da colocação na via pública de Ecopontos.
A Póvoa de Varzim é um dos concelhos em que 100% da população é servida por uma rede de ecopontos que permite separar o vidro, o papel e o cartão, embalagens e ainda pilhas. Em 2009 procedeu-se à instalação de mais 29 ecopontos em todo o concelho atingindo um rácio de 1 ecoponto para 350 habitantes. Em 2010 esse rácio subiu para 1 ecoponto por 364 habitantes, existindo, no total, 183 ecopontos.
Um rácio que poderia ser um pouco superior não tivessem acontecido actos de vandalismo que levaram à destruição de oito ecopontos desde o início deste ano. Actos reprováveis, cujas implicações vão para além da simples destruição do equipamento – os cidadãos vêem-se privados de utilizar o equipamento, cuja substituição acarreta custos para município e munícipes.
A utilização dos ecopontos é, em alguns casos, obrigatória por lei. De acordo com o Artigo 12º do Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos e Higiene Pública (RMRSUHP) “a utilização dos equipamentos de deposição instalados pela Câmara Municipal, seja qual for o modelo ou dimensões é obrigatória sempre que se localizem a menos de 350 metros do local onde são produzidos”. A alínea j) do n.º 32 do RMRSUHP dita que “a não utilização do equipamento de deposição selectiva, quando este se encontra a uma distância inferior a 350 metros do local de deposição para resíduos indiferenciados. A contra-ordenação é passível de coima de um quinto a cinco salários mínimos nacionais”.
No entanto, a cada ano que passa, os resultados tornam-se visíveis – de 2008 para 2009 diminuíram as toneladas de resíduos urbanos indiferenciados recolhidos – de 31.485 toneladas em 2008 passou para 30.634 toneladas em 2009. Como tal, a recolha de resíduos diferenciados tem aumentado: das 388 toneladas recolhidas em 2008, atingiram-se as 515 toneladas em 2009. Estes são números que vão de encontro ao que é registado a nível nacional.
Comparando o 1º trimestre deste ano com o ano anterior, verifica-se também um aumento das toneladas de material recolhido: a nível de embalagens foram recolhidas 112 toneladas no 1º trimestre de 2009 e 120 em 2010. O mesmo se verifica com o papel, que de 268 toneladas em 2009, passou para as 293 em 2010. Quanto ao vidro, os trimestres apresentam resultados iguais – 452 toneladas recolhidas.
Resultados satisfatórios, que cumprem já algumas metas, mas há ainda objectivos a cumprir.
De facto, e de acordo com o Plano Estratégico da Lipor, foi definido para a Póvoa de Varzim, que a meta para a recolha de Vidro situava-se nas 343 toneladas. Objectivo superado! Porém, para embalagens e papel o objectivo não foi ainda cumprindo – 149 e 408 toneladas respectivamente. Contamos consigo para atingir esta meta!
Outro motivo de satisfação foi o inquérito ambiental sobre a recolha de resíduos, apresentado na edição de Abril de 2010 da revista Proteste. A Póvoa de Varzim aparece em lugar de destaque pela satisfação dos munícipes considerando a recolha de plástico e metal e a recolha de lixo.
No que respeita à satisfação com a recolha de plástico e metal a Póvoa de Varzim reuniu 7.9 pontos, um ponto acima da satisfação média (6.9). Foi apenas ultrapassada por Portimão, que apresentou 8.4 pontos. Quanto à satisfação com a recolha de lixo, os munícipes inquiridos atribuíram uma pontuação de 7.5, também superior à satisfação média, novamente de 6.9 pontos.