O concelho da Póvoa de Varzim tem uma frente atlântica de aproximadamente 13 quilómetros. Cidade plana, 15 metros acima do nível médio do mar, ocupa uma área de cerca de 250 hectares de configuração retangular e de 87,64 Km2 divididos por sete freguesias: União das Freguesias de Aguçadoura e Navais; União das Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso; Balasar; Estela; Laúndos; União das Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai; Rates.

Com 60.000 habitantes, um número que triplica nos meses de julho e agosto, a Póvoa conhece uma diversidade de condições geográficas muito interessantes. Em tempos muito recuados, as águas do mar moldaram uma planície que, a norte da cidade, da Póvoa é ocupada pelas localidades de Aver-o-Mar, Aguçadoura, Navais e Estela. Esta antiga plataforma marítima legou-nos um solo arenoso onde, com engenho e esforço, as populações se dedicam à horticultura e, incapazes de resistir ao apelo e benesses do mar, partem em pequenas embarcações para uma pesca costeira que lhes complementa o sustento. Ao oceano retiram também o adubo natural (o sargaço) que tão eficazmente lhes fertiliza os campos.

As zonas mais calmas de veraneio são as de Aver-o-Mar, Aguçadoura e Estela, funcionando a praia da cidade como zona mais movimentada.

À semelhança de toda a costa atlântica portuguesa, a temperatura da água do mar é relativamente baixa e a ondulação por vezes violenta, como acontece nas marés vivas do verão (normalmente em agosto). As contrapartidas são as de um areal extenso e facilmente acessível, uma areia de textura única, um mar rico em iodo, uma temperatura amena, uma costa recortada formando enseadas acolhedoras e uma intensa vida marinha nos maciços rochosos perto da praia.

A serra de Rates divide a Póvoa de Varzim em duas áreas geomorfológicas distintas. Na faixa central do concelho (sempre com o mar no horizonte próximo), num “corredor” que engloba as localidades de Argivai, Beiriz, Amorim, Terroso e Laúndos encontramos uma zona de transição entre a planície arenosa da beira mar e os solos mais pesados e ondulados do interior.

Ultrapassada a serra, nas localidades mais interiores do concelho, Balasar e Rates, o solo apresenta uma maior cobertura florestal e as explorações agrícolas, mantendo a pequena dimensão, encontram-se rodeadas de vinha em ramada. São particularmente importantes as culturas do milho, da batata e também das forragens destinadas ao gado bovino. Mas também aqui há a marca do oceano – Rates deve o seu nome às barcas que faziam a travessia de uma língua de mar que até aqui se estendia.