Assim, e desde Janeiro, a Folha Municipal e a Agenda Municipal chega às mãos do público em papel reciclado. A nível de suportes de divulgação, a autarquia propõe-se a um menor recurso à utilização de panfletos, cartazes e convites, enviados por correio normal, recorrendo à comunicação por via electrónica, com o envio de mensagens para o telemóvel e para a caixa de correio electrónico. De seguida, todos os munícipes inscritos na lista de correio normal receberão uma informação a convidá-los a optar por estes novos serviços. De resto, no caso da subscrição do correio electrónico, este já se encontra disponível, bastando aos interessados registarem-se no portal municipal.

Também os recibos da água, os envelopes e o papel carta utilizarão papel reciclado, e, no que respeita ao papel branco para impressão, este passará a ter uma menor gramagem, sendo também ele reciclado.

Para Manuel Angélico, Vereador do Pelouro do Ambiente, este pacote de medidas permite à autarquia “dar o exemplo no que toca à redução de resíduos”, sendo que a diminuição no gasto de papel e a utilização de materiais reciclados permite não só “a diminuição de custos, pois o papel reciclado, que hoje em dia apresenta uma grande qualidade, é mais barato” como também contribui para a preservação da floresta, com a redução do abate de árvores. “A política dos 3R’s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar – deve ser posta em prática”, sublinhou o Vereador, dando conta que, em todos os edifícios da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim a separação e recolha de resíduos é já uma prática habitual, a que se junta, agora, a redução de resíduos e a reutilização do papel.

A estas medidas juntar-se-á, num futuro próximo, uma nova campanha de sensibilização para todos os funcionários, que visa contribuir para a diminuição do consumo energético. Assim, os funcionários vão ser convidados a desligar computadores ou impressoras, entre outros equipamentos que consumam energia eléctrica, quando não necessários.

Num outro plano, a nível da população do concelho, Manuel Angélico anunciou a colocação de 27 novos eco-pontos, sendo que uma parte será colocada em novos locais e uma outra substituirá pontos de recolha danificados. Uma medida que resulta não só da vontade “de colocar estes equipamentos mais próximos das pessoas”, incentivando, assim, o seu uso, como também resulta da excelente adesão da população à separação de resíduos. De facto, entre 2005 e 2008, o número de toneladas de vidro, papel/cartão e embalagens recolhidas aumentou exponencialmente. No total, em 2008 foram recolhidas 2.926 toneladas de materiais recicláveis nos eco-pontos distribuídos pelo concelho. Em 2005, recolheram-se apenas 1.913 toneladas. É a nível das Embalagens, do eco-ponto amarelo, que se regista a maior subida – quase 200%. Em 2005 foram recolhidas 196 toneladas; em 2008 este número subiu para as 388 toneladas. No Eco-ponto azul coloca-se o papel e o cartão e, em 2008, os poveiros depositaram neste contentor 952 toneladas de material, mais 174% do que em 2005, ano em que foram colocadas 546 toneladas. E por último o vidro, do eco-ponto verde, e aquele que mais toneladas recolhidas registou.  A separação e deposição deste material registou uma subida na ordem dos 135% – 1171 toneladas em 2005, 1586 toneladas em 2008.

Para Manuel Angélico, estes números devem-se “à vontade das pessoas em separar aquilo que pode ser reciclado”, explicou o Vereador, “sabem que isso é benéfico para todos e compreendem que temos que dar um pouco de nós para contribuir para um bom Ambiente, também para as gerações futuras”.  

“Póvoa de Varzim – um Concelho de Bom Ambiente” é um dos lemas do concelho que, em Outubro de 2008 recebeu o Prémio Cidades Limpas, atribuído pelo Ministério do Ambiente, pelo Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional através da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e pela Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB). Veio reconhecer um longo esforço da autarquia poveira em prol do ambiente, destacando-se, neste âmbito, campanhas como a Operação Restauração 5 Estrelas ou o projecto de compostagem caseira Terra à Terra, as acções de sensibilização sobre temas como poupança de água ou correcta deposição de resíduos, a aposta na Educação Ambiental para os mais novos, o melhoramento e construção de novas estruturas, como a rede de saneamento, entre muitas outras iniciativas.