E, passados 12 meses sobre o início da
intervenção, é já possível ter uma ideia de como ficará a Avenida, no final,
uma vez que em algumas partes já foi fechado o parque subterrâneo e colocado o
tapete betuminoso. No Largo das Dores, entre o Hospital e o Tribunal também
foram construídos os passeios e a circulação automóvel já se assemelha à que
ficará, uma vez concluídos os trabalhos. As rotundas estão concluídas, nos
passeios estão já inseridas as rampas que indicam lugares de atravessamento
para pessoas com dificuldades motoras e nas faixas de circulação já estão
desenhadas passadeiras provisórias.

A
intervenção, apesar de bastante avançada, ainda condiciona a passagem de
viaturas em certos locais, como é o caso da intersecção com a Estrada Nacional
13 e com a Avenida dos Banhos. Aqui, as obras prolongam-se pelo Largo do
Passeio Alegre, onde se procede à colocação de condutas de escoamento de águas pluviais.
Estas condutas convergem para o interior do Porto de Pesca e, para que fiquem
no subsolo, foi necessário abrir caminho numa parte do Largo, que será reposta
uma vez terminados os trabalhos.

Previstas para se prolongarem por 20
meses, estas obras, que mexem com uma vasta área central da cidade, foram
projectadas para avançar causando o mínimo de impacto possível junto da
população. E o Verão, que é sempre o período de maior afluxo de pessoas à
cidade, já terminou sem que se tenham verificado problemas de maior. Tanto os
habitantes como os visitantes têm demonstrado uma grande compreensão perante as
dificuldades que uma obra desta dimensão inevitavelmente causa e há uma grande
expectativa quanto ao resultado final. Para já, mesmo sem os arranjos de
superfície, uma coisa é certa, a imagem da avenida é muito mais desafogada e
ajustada aos prédios que ali foram sendo construídos.

Sem
estacionamento à superfície, com mais espaço para os peões, a Avenida surgirá,
com certeza, com uma imagem mais bem adaptada aos edifícios que lá foram sendo
construídos, a partir dos finais dos anos 70, e que não existiam quando esta
artéria foi criada. Os edifícios e a arborização existente no separador
central, que também não fazia parte do traçado original, acabaram por dar uma
imagem sombria e até estreita a uma avenida que agora, com este novo projecto,
deixa perceber como era, de facto, amplo e desafogado este eixo de circulação
crucial para a cidade.

De
facto, um dos maiores problemas da Avenida
Mousinho de Albuquerque eram  o grande tráfego automóvel e o estacionamento
desordenado. Com a construção do parque subterrâneo pretende-se diminuir as
dificuldades no acesso ao comércio tradicional, revitalizando este sector.

Melhor ambiente e espaços mais apelativos
são outra das prioridades do projecto, que investe na criação de áreas
ajardinadas e na arborização. Quando os trabalhos estiverem concluídos, vão ser
introduzidas cinco espécies diferentes de árvores, com bom desempenho urbano e
possuidoras de carácter histórico – Pimenteiro falso, Castanheiro da Índia,
Catalpa, Plátano e Magnólia.