Tal como o próprio
nome indica, este é um concurso que desafia os alunos a criar novos objectos,
neste caso acessórios pessoais, a partir das caixas de acondicionamento
utilizadas pelo Arquivo, mas já impróprias para receber documentos.

Com muita
imaginação, os 16 alunos participantes, e que frequentam o 1º ano do curso de
Design Industrial da ESEIG, apresentaram inúmeros objectos decorativos. O júri,
constituído por um representante do Arquivo Municipal, por Steven Sarson,
director do Curso de Design Industrial e por Rui Alves, docente do Curso,
atribuíram dois primeiros lugares, um a Cláudia Pinheiro, cuja criatividade a
levou a construir um soutien com as velhas caixas, e a Soraia Teixeira, que
construiu peças de bijutaria. Tânia Pereira arrecadou o segundo prémio, com uma
clutch e Ricardo Silva o terceiro,
com uma caixa de jóias. Os premiados receberam edições municipais, sendo que
todos os participantes receberam um Certificado de Participação e uma simbólica
lembrança alusiva à História da cidade. 

Afonso Oliveira,
Vereador da Câmara Municipal, esteve presente na cerimónia, congratulando o
Arquivo Municipal por esta iniciativa, já na sua 3ª edição, que por ser
diferente, nova e criativa, reforça e promove o diálogo entre duas instituições
que, ainda que diferentes, pertencem à mesma comunidade.

Flávio Ferreira,
Presidente do ESEIG, sublinhou igualmente a importância da Escola se abrir para
a comunidade onde se encontra inserida, um passo que permite também que os
alunos comecem, desde cedo, a contactar com o mercado de trabalho. O concurso
de ideias é um importante veículo que dá aos alunos a oportunidade de
enriquecerem o seu currículo com trabalhos concretos. É esta a opinião de
Steven Sarson, que prometeu que, no próximo ano, o concurso contará de novo com
alunos do ESEIG. “Façam mais eliminações de documentos que nós cá estaremos
para dar nova vida a velhas caixas”, brincou.

concurso ideias

Nesta noite de
entrega de prémios, a exposição dos trabalhos recebeu já vários visitantes,
entre participantes, professores e familiares dos concorrentes. No entanto, os
trabalhos podem ser admirados até ao final de Junho, uma oportunidade a não
perder principalmente para escolas e alunos de Artes Visuais.

Desde que o Arquivo Municipal abriu portas em 2001,
foram de imediato definidos alguns princípios orientadores, que passavam por
fazer deste serviço um pólo de desenvolvimento na área das ciências de
informação e na promoção de temas da história local. Promover o Arquivo (a nível
de acervo documental e a nível de funções), permitir o contacto com as fontes
primárias, atrair diferentes públicos, desmistificando a ideia que os arquivos
são espaços fechados ou reservados a grupos restritos de utilizadores, despertar
o sentido crítico dos jovens e promover a investigação são objectivos que, no
seu conjunto, levam a que o Arquivo organize iniciativas diversas ao longo de todo
o ano, de que é exemplo este concurso de ideias.