A literatura terá lugar de destaque na programação da reabertura do Cine-Teatro Garrett, amanhã, 18 de junho.
No período da manhã, às 10h30, a escritora Manuela Mota Ribeiro irá encontrar-se com crianças de ensino pré-escolar do concelho.
Manuela Mota Ribeiro nasceu em 1970, na cidade do Porto.
Formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto no ano de 1994. Especializou-se em Medicina Física e de Reabilitação em 2002 (pelo Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital de S. João).
Tendo dedicado a sua vida profissional à atividade médica e ao ensino universitário, foi diretora da Clínica Pedagógica de Fisioterapia e Terapia da Fala da Universidade Fernando Pessoa, no ano de 2006, e assistente de Anatomia Clínica na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto entre 2006 e 2010.
Editou o seu primeiro livro – Jardim do Arco-Íris – em 2008. Este foi adotado, no ano seguinte, como livro de leitura orientada para o 1.º Ciclo do Ensino Básico dos Cursos Paralelo de Língua e Cultura Portuguesas, no Luxemburgo.
Em dezembro de 2009, publicou Kiko, o dentinho de leite, com o apoio didático da Ordem dos Médicos Dentistas, livro que viria a ser recomendado, no ano letivo de 2012/2013, pelo Plano Nacional de Leitura. Em novembro de 2010, editou Girafritz aprende uma lição e, em dezembro do mesmo ano, Edmar, o passarinho albino. Este último livro também foi adotado pelo Plano Nacional de Leitura (no ano letivo de 2011/2012).
Um ano depois, foi a vez de Serafim está sempre constipado. Esta história foi escrita a pedido da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina do Porto, para a 6.ª edição do Hospital dos Pequeninos. Em fevereiro de 2012, editou Granadas castanhas no jardim dos cãezinhos e Rosinha, uma ursinha feliz e, em novembro do mesmo ano, Frederico, o cinto de segurança. Todas as suas obras têm uma componente fortemente educativa.
Atualmente, dedica-se em exclusivo ao mundo dos livros e da escrita.
Às 18h00, o Cine-Teatro irá acolher a primeira sessão de apresentação de livros.
Ana Luísa Amaral irá apresentar Ara, livro que marca a sua estreia no romance, e Escuro, o seu mais recente livro de poesia.
Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa, a 5 de abril de 1956, e vive, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. Organizou, com Ana Gabriela Macedo, da Universidade do Minho, o Dicionário de Crítica Feminista (Afrontamento, 2005). Co-traduziu para inglês poemas de Xanana Gusmão (Mar Meu/My Sea of Timor, Porto, Granito, 1998) e traduziu para português a poesia de Eunice de Sousa (Poemas Escolhidos, Cotovia, 2001) e de John Updike (Ponto Último, Civilização, 2009). Em 2007, venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, com o livro A Génese do Amor. Foi ainda galardoada em Itália com o Prémio de Poesia Giuseppe Acerbi. O seu livro Entre Dois Rios e Outras Noites obteve, em 2008, o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores. Depois de Se Fosse Um Intervalo e de Inversos – Poesia 1990-2010, ambos editados pela Dom Quixote, Vozes, lançado em Setembro de 2011, é o seu mais recente livro, com o qual venceu, em 2012, o Prémio António Gedeão. O seu livro de estreia é Minha Senhora de Quê, em 1990 e desde aí, já publicou mais de duas dezenas de livros, de poesia e infanto-juvenis.
Lídia Jorge também estará na nossa cidade para apresentar o seu mais recente romance, Os Memoráveis.
Lídia Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Da sua vasta obra destacam-se os romances O Dia dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982), Notícia da Cidade Silvestre (1984), os dois últimos distinguidos com o Prémio Cidade de Lisboa, A Costa dos Murmúrios (1988), um dos mais poderosos textos sobre a guerra colonial e O Jardim sem Limites (1995), galardoado com o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa. O Vale da Paixão (1998) recebeu os seguintes prémios: Dom Dinis, Bordallo, Ficção do PEN Clube, Máxima de Literatura e o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia – Escritor Europeu do Ano, tendo sido ainda finalista do International IMPAC Dublin Literary Award 2003. O seu romance O Vento Assobiando nas Gruas (2002) conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio Literário Correntes d’Escritas, e o romance Combateremos a Sombra, o Prémio Charles Bisset (2008).
Pelo conjunto da sua obra, foi vencedora do prestigiado prémio da Fundação Günter Grass, na Alemanha, ALBATROS (2006) e do Grande Prémio Sociedade Portuguesa de Autores – Millennium BCP. Em 2011, foi distinguida com o Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura. Em 2013, a prestigiada revista francesa Le Magazine Littéraire incluiu Lídia Jorge entre «10 grandes vozes da literatura estrangeira».
Galardoado recentemente com o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes de Escritas 2014 pelo romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo apresenta O Tempo Morto É um Bom Lugar.
O escritor e jornalista lança um extraordinário romance em que importantes temas do nosso tempo são tratados com a mais apurada mestria literária.
Manuel Jorge Marmelo nasceu em 1971, no Porto. Estreou-se na literatura em 1996 e publicou, de então para cá, mais de vinte títulos, entre os quais se contam os romances Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Somos Todos Um Bocado Ciganos, Aonde o Vento Me Levar, Os Fantasmas de Pessoa e As Sereias do Mindelo. Em 2005 conquistou o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o livro O Silêncio de Um Homem Só. Em 2013 lançou uma nova coletânea de contos, Zero à Esquerda, bem como Crónicas do Autocarro, uma recolha de crónicas.
Estes três escritores juntam-se, à noite, a Gastão Cruz, para uma iniciativa intitulada Correntes fora de tempo, que reúne os vencedores do Prémio Literário Casino da Póvoa (Lídia Jorge: 2004; Ana Luísa Amaral: 2007; Gastão Cruz: 2009; Manuel Jorge Marmelo: 2014) numa mesa moderada por Carlos Quiroga, um participante frequente do Correntes d’Escritas.
“Há livros, e conheço muitos, que não deviam ter título, nem o título é nada neles”, de Almeida Garrett, na obra Viagens na Minha Terra, dará mote a esta mesa, com início marcado para as 21h30.
Professor na Universidade de Santiago, Carlos Quiroga dirigiu várias revistas (O Mono da Tinta, o Máximo, Agália). Trabalhou em fotografia, vídeo (EU-KA-LO, 2005; Saudade – Un murmullo intraducible no México, 2009). Participa em antologias, congressos e jornais. Recebeu verídicos prémios, duas vezes o Carvalho Calero de narrativa. Em livro editou G.O.N.G. (1999), Periferias (1999, 2006 no Brasil), O Castelo da Lagoa de Antela (Itália 2004), A Espera Crepuscular (2002), O Regresso a Arder (2005), Venezianas (2007), Inxalá (2006; 2008 e 2010 em Portugal). E acaba de sair no Brasil o Império do Ar.
Poeta e ensaísta português, Gastão Cruz nasceu em 1941, na cidade de Faro, no Algarve, e licenciou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em Filologia Germânica.
Professor do ensino secundário, o autor exerceu paralelamente, entre 1980 e 1986, a carreira de leitor de Português no King’s College de Londres e dirigiu, nos anos 70 a 90, após a morte de Carlos Ferreira, o grupo de teatro Teatro Hoje/Teatro da Graça que ajudou a fundar.
Ainda muito jovem, com apenas 19 anos, Gastão Cruz, manifestando já um grande apego pelo texto poético, publica o seu primeiro livro, A Morte Percutiva, no volume colectivo intitulado Poesia 61, que compila textos de uma plêiade de cinco jovens poetas: Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta. Autor de uma obra muito diversa, publicou, entre outros, os seguintes títulos: A Morte Percutiva; A poesia Portuguesa Hoje, 1973;Campânula, 1978; Orgão de Luzes; Transe (1960-1990); As Pedras Negras, 1995; Poesia Reunida, 1999; Crateras, 2000 que recebeu o Prémio D. Dinis.