Sobre esta interdição, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, transmitiu que “esta é a leitura da Câmara e da maioria da representação na Assembleia Municipal relativamente a este assunto. Vivemos numa democracia representativa e, portanto, é a estas pessoas que cabe decidir o destino da Póvoa de Varzim”. Além disso, o edil revelou que lhe tem chegado, “diretamente e indiretamente, que há muito mais pessoas confortáveis com esta decisão do que com a possibilidade de continuarem a existir corridas de touros”.

No entanto, fez questão de ressalvar que tendo em conta “o apelo à Constituição feito, se as pessoas entenderem que há um espaço em que a lei lhes permite a realização deste tipo de espetáculos, cá estaremos para defender aquilo que é a posição do Município”.

Esclareceu ainda que além destas corridas estão interditos todos os espetáculos que envolvam violência sobre animais como a modalidade de Tiro.

Outro assunto bastante discutido nesta sessão de Assembleia Municipal foi as Festas de São Pedro e o Presidente referiu: “as Festas de São Pedro são aquilo que as associações querem. O modelo adotado este ano foi discutido, ponderado e aprovado por todos no sentido de termos a possibilidade de experimentar outro plano de festa”.

O edil reconhece que as opiniões divergem mas garante tudo será objeto de uma ponderação com os presidentes dos bairros para definir quais os ajustamentos necessários: “se vamos voltar ao modelo anterior ou se havemos de escolher um modelo mais híbrido”. No devido tempo, tudo será analisado.

Aires Pereira esclareceu ainda que não houve qualquer deliberação no sentido de terminar a noitada às 4h00 da manhã, “a única decisão que foi tomada e comunicada à PSP foi que as festas que na sua essência têm pouco a ver com o carater popular das Festas de São Pedro às 4h00 da manhã encerrariam (Largo Caetano Oliveira e Passeio Alegre). Tudo o resto, funcionou até à hora que as pessoas entenderam”.

O Presidente transmitiu que “as festas decorreram com a normalidade do costume”, advertindo, no entanto, para “alguns excessos que as claques começam a assumir” e salientando que “há uma questão de segurança que é preciso salvaguardar”.

O encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos de Aver-o-Mar também foi alvo de discussão na Assembleia e o Presidente manifestou, uma vez mais, a sua indignação revelando que “se não houver resposta relativamente a esta matéria (reabertura da agência), a Câmara vai diminuir ao mínimo possível o movimento bancário normal com a CGD. Se a Caixa Geral de Depósitos não está disponível, também não estaremos disponíveis para trabalhar com a Caixa”.