Oito jovens foram homenageados (Adolfo Serrão, Sofia Brito e Carla Carvalho, da Escola Secundária Rocha Peixoto; Luís Souto, Tatiana Moreira e João Ferreira, da Escola Secundária Eça de Queirós; e Luís Nunes e Lucinda Delgado, do Colégio de Amorim) pelos excelentes resultados obtidos no 12º ano de escolaridade no ano letivo passado.

O Presidente do Lions Clube da Póvoa de Varzim, Miguel Sousa Neves, enalteceu o espírito destes jovens e  lembrou que a missão do clube é premiar a excelência. Miguel Sousa Neves contou que “o Lions Clubs International é uma das maiores organizações mundiais de Clubes de serviço voluntário, atuando através do envolvimento comunitário e cooperação internacional com a colaboração demais de um milhão de sócios que trabalham juntos para responder às necessidades que desafiam as comunidades, e neste momento, agrupam-se em 45.000 Clubes espalhados por 206 países e regiões”.

Manuel Lemos, Albertino Cadilhe e Rui Maia, diretores da Escola Secundária Eça de Queirós, Rocha Peixoto e Grande Colégio, respetivamente, congratularam a iniciativa e, acima de tudo, o sucesso dos alunos, fruto de muita dedicação. Os três diretores foram unânimes ao sublinhar a importância dos pais no processo educativo dos jovens. O ambiente familiar e o apoio dos pais são essenciais para o êxito dos alunos, concordaram.

Lucinda Delgado, Vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, expressou o desejo de que “estes jovens tenham, no futuro, o espírito de voluntariado. Tenho certeza que, por trás deste mérito escolar, está o valor da solidariedade. Carregamos a esperança que o futuro será melhor com a ajuda destes jovens”. Lucinda Delgado reforçou o papel importante da educação dos pais e dos avós para o sucesso escolar dos jovens.     

A noite terminou com uma palestra sobre a sexualidade e a adolescência pelo psiquiatra Manuel Freitas Gomes. Educação, escola, família, sexualidade e desemprego foram alguns dos temas abordados pelo especialista. De entre tantas coisas reveladas por Manuel Freitas Gomes, destacamos as seguintes: “segundo um relatório da OCDE, Portugal é um dos países europeus em que as famílias menos tempo dedicam às crianças, cerca de 15 minutos por semana. Isto, porque o poder político e económico, e ao contrário do que determina a lei, exige a grande parte dos trabalhadores um horário de doze horas e prolongou a idade de reforma. Ou seja, o pouco tempo que existia para a pessoa ser pessoa, com os outros e com a família, desapareceu. Depois, porque há uma demissão dos pais enquanto educadores. Durante a semana, as crianças estão na escola, aos sábados vão para os Escuteiros e aos domingos para a Catequese”. O psiquiatra continuou:
“à escola exige-se o duplo dever de ensinar e de educar. E, na minha opinião, ela não está preparada nem para uma nem para outra. Para a primeira, porque não oferece condições. Turmas com quase trinta alunos não funcionam em lugar nenhum do mundo, tendo em conta que a educação é um processo relacional; depois, porque a escola atual é pouco exigente, facilita em demasia a vida aos alunos”. Quanto à sexualidade, tema central da palestra, Manuel Freitas Gomes apontou erros comuns dos pais quando têm filhos adolescentes.

Terminando com a frase “amar é fazer feliz o outro na sua diferença”, o psiquiatra arrancou aplausos da plateia e a certeza de uma noite com muitas lições aprendidas.