O Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, explicou que “o Dia da Cidade só pode ser celebrado em sessão aberta, reunindo cidadãos e as diversas organizações da nossa sociedade civil”, numa celebração anual de “força da nossa união comunitária” e “afirmação de cidadania entre as autoridades locais, as individualidades convidadas, os muitos cidadãos interessados e os familiares e amigos, pessoas singulares ou coletivas que homenageamos e certificam, com a sua presença e o seu aplauso, a justeza das distinções que o Município propõe, a cada ano, num ato de pedagogia cívica”.

Deste modo, Aires Pereira entende que “qualquer outro modelo celebratório, designadamente um que restringisse a presença das autoridades e dos distinguidos e a presença do movimento associativo, da nossa dinâmica sociedade civil e da população, atentaria contra o espírito que norteia a celebração, esvaziando-a de sentido e conteúdo”.

Ficará, portanto, adiada para 2021 a “homenagem devida a quem nestes tempos conturbados mais tem contribuído para que continuemos a ser uma comunidade cada vez mais coesa e feliz”, esclareceu o edil.

O Presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão Ferreira, recordou que “o Dia da Cidade é uma festividade que consubstancia uma chamada de atenção. Pretende-se que seja um dia peculiar, mais propriamente um dia distinto, de festa, no qual a comunidade poveira escreve parte da sua memória. Afinal, ter memória de nós próprios é a essência da comunidade”. O distanciamento social e as normas de saúde a que a Póvoa de Varzim e o país estão obrigados não permitem nem recomendam, “lamentavelmente”, encontros festivos, “que se impunham nesta data e que já pertencem ao percurso histórico narrativo da comunidade local e são já tradição”.

Nesta data “tão significativa para os poveiros”, Afonso Pinhão Ferreira, pretende “aguçar a consciência social poveira, esse sentimento coletivo que nos mares tempestuosos que navegamos se apelida de solidariedade humana. Contamos que todos os poveiros, imbuídos desse sentimento comunitário e conscientes da sua memória identitária, se ajudem mutuamente para ultrapassarem as dificuldades económico-financeiras que se avizinham, já que iremos precisar uns dos outros”.

Os Presidentes das Juntas de Freguesias poveiras fizeram questão de se juntar a esta singela lembrança de uma data que tanto diz aos poveiros. Fernando Rosa (Aguçadoura e Navais) deixou uma “palavra de gratidão para com os agricultores, que nunca pararam para que nada faltasse à mesa dos portugueses e, em particular, à mesa dos poveiros”; Carlos Maçães (Aver-o-Mar, Amorim e Terroso) destacou uma celebração “completamente diferente, mas com igual significado e maior sentido de unidade”; José Araújo (Balasar) realçou um “concelho virtuoso, com as suas gentes, cultura, vontade e determinação”; José Armandino (Estela) enalteceu a “força e capacidade de resiliência da nossa comunidade”; António Pontes (Laúndos) felicitou  a Póvoa de Varzim “pela forma como implementou todas as normas necessárias no decorrer desta pandemia, sempre a pensar na segurança dos seus munícipes”; Ricardo Silva (Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai) lembrou que 2020 testou “a resiliência dos poveiros que enfrentaram a pandemia com toda a coragem” e emergiram como “comunidade forte, unida e pronta para enfrentar o futuro com toda a confiança”; Paulo João Silva (S. Pedro de Rates) prestou homenagem a “todos aqueles que nos últimos meses estiveram ao lado das entidades e com as entidades, a minimizar as dificuldades de todos nós, e a todos aqueles que no exercício das suas funções profissionais deram o seu melhor e foram muito para além daquilo que são as suas obrigações profissionais”.

Passadas as provações de um tempo suspenso e de prevenção, é chegada a hora de abraçar o futuro do concelho da Póvoa de Varzim. Um concelho que demonstrou e demonstra união, força, felicidade e amizade, no ano em que celebra 47 anos como cidade. Juntos, voltaremos a sorrir.

Parabéns, Póvoa de Varzim!