“Hoje é uma data que merece ser realçada e ficar para a história da nossa cidade”. Esta afirmação foi feita pelo Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, esta manhã, na cerimónia que assinalou o centenário da presença militar no concelho.
A cerimónia decorreu na Rua Rocha Peixoto, em frente à porta principal do antigo quartel, com descerramento de placa e assinatura de auto de entrega daquelas instalações à autarquia.
Aires Pereira lembrou que “faz 100 anos em dezembro que chegou, pela primeira vez, à Póvoa de Varzim, uma unidade militar”.
Para o edil, trata-se de “um exemplo único de presença ininterrupta numa cidade por 100 anos de uma instituição militar” e destacou “o impacto que teve no crescimento do concelho: quer sob o ponto de vista económico, pela importância que é ter um quartel em termos daquilo que representa para a economia local, muito significativo para o pequeno comércio. Estamos a falar de um espaço que chega a ter mais de duas mil pessoas, em permanência; quer sob o ponto de vista social, por aquilo que representa para a nossa comunidade, uma vez que muita gente de fora acabou por se enamorar quer pela nossa terra quer pelas senhoras da Póvoa de Varzim. Na altura, não havia mulheres no exército e muita gente constituiu família e foi ficando por aqui, o que diz bem da capacidade acolhedora da nossa cidade. As pessoas sempre se sentiram bem cá e sempre houve um excelente relacionamento quer institucional entre a Câmara e os militares, quer com a própria cidade”, constatou Aires Pereira.
Assim sendo, “hoje, no velhinho quartel da Rua Rocha Peixoto, deixamos um testemunho através de uma placa que irá referenciar essa vinda do primeiro corpo militar, em 1914”, transmitiu o Presidente da Câmara.
O Comandante da Escola Prática dos Serviços revelou que “houve um ato administrativo da entrega formal destes terrenos à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Mas o mais significativo foi a homenagem que fizemos aos camaradas que aqui chegaram em 1914 e iniciaram a presença militar na Póvoa de Varzim e, sobretudo, reconhecer a fraternidade e a forma como os militares têm sido acolhidos pela comunidade poveira ao longo destes 100 anos”.
O Coronel Rui Manuel Rodrigues Lopes transmitiu ainda que “queremos continuar a servir a comunidade, naturalmente, no quadro das nossas missões, de formação e apoio logístico, mas também estar muito disponível para servir a comunidade em todas as suas dimensões”.
O dia de hoje também ficou marcado pela celebração, pelo Núcleo da Póvoa de Varzim da Liga dos Combatentes, do 96º aniversário do Armistício que pôs fim à I Guerra Mundial, numa cerimónia junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, situado na Praça Marquês.
Com a colaboração da Escola Prática dos Serviços, foram prestadas honras militares.
Aires Pereira, Coronel Rui Lopes e o presidente da Liga dos Combatentes da Póvoa de Varzim, Fernando Zeferino, descerraram uma placa evocativa do centenário da Grande Guerra, colocada no já existente Monumento. O momento ficou ainda marcado pela entrega de uma medalha comemorativa a Aires Pereira pela Liga dos Combatentes da Póvoa de Varzim.
As cerimónias contaram ainda com momentos musicais evocativos, sendo que um deles foi protagonizado pela Escola de Música da Póvoa de Varzim e o outro por um soldado da Escola Prática dos Serviços.
Veja algumas imagens das cerimónias.
