Dinamizada pelo Grupo de História e Geografia de Portugal da Escola EB 2/3 de Aver-o-Mar, com o apoio da Câmara Municipal, a Feira começou na passada sexta-feira, tendo terminado no domingo.
Ainda não eram 16h00, na sexta-feira, hora que marcava a abertura da Feira, e já a Praça do Almada recebia a visita de dezenas de curiosos que circulavam por todo o espaço, visitando as tendas dos cerca de 30 artesãos presentes, alguns vindos da Alemanha e de Espanha. Tapetes, peças bordadas à mão, bijutaria, peças em barro e madeira, instrumentos agrícolas e musicais, brinquedos ou vestuário em pele podiam ser encontrados no recinto da Feira. Na parte gastronómica, os visitantes podiam ainda experimentar a doçaria conventual ou beber um dos muitos licores tradicionais, onde não faltavam a Ginginha de Óbidos ou os licores medicinais e chás de Vilar de Perdizes. Dois cavalos, com cavaleiros vestidos a rigor, faziam as delícias dos mais pequenos, assim como alguns exemplares de animais presentes também na Feira, como porcos, galinhas, patos e coelhos.
Gaiteiros, bobos, ciganas e bailarinas animaram com as suas músicas e danças os três dias da Feira Medieval, que na sexta-feira ficou marcada pelo Banquete Medieval que reuniu 70 pessoas, muito mais do que o esperado pela organização. A adesão do público continuou a surpreender pela positiva no sábado, dia em que teve lugar o Cortejo Medieval, que percorreu várias ruas da Póvoa, terminando na Praça do Almada. Nesse mesmo dia teve lugar o concerto de música Galaico/Portuguesa pelo grupo Gallandum Galundaina, que mais uma vez encheu o recinto. A entrega do Foral da Póvoa por D. Dinis ao Alcaide marcou a tarde domingo, último dia da Feira Medieval. Sendo esta uma organização de uma das escolas do concelho, a dedicação de alunos e funcionários da EB 2/3 de Aver-o-Mar foi bem visível. Foram eles os responsáveis não só pela animação da Feira como também pela elaboração da quase totalidade dos fatos que envergaram. O gosto pela História e a curiosidade por um evento deste género foram dois dos motivos apresentados pelos alunos de forma a justificar o seu contributo na Feira. Envergando fatos de ciganas, damas, bobos ou do povo, os cerca de 200 alunos, funcionários e encarregados de educação da escola contaram ainda com o contributo de alunos de jardins-de-infância do concelho, tendo também eles envergado fatos da época.
Isolina Jorge é um dos rostos da organização. Apesar do cansaço e do desgaste sentidos por todos os que participaram, o balanço que faz não podia ser mais positivo. De facto, a população recebeu muito bem a iniciativa, acarinhando a organização e elogiando a actividade. O entusiasmo com que os participantes viveram a actividade é também uma mais-valia, indo ao encontro de um dos objectivos inerentes à organização desta actividade: mostrar que a escola é um espaço aberto e dinâmico, proporcionando aos alunos a possibilidade de aprender, através desta recriação e de uma forma lúdica, sobre uma parte da História Portuguesa.
Ainda é cedo para pensar numa próxima edição, no entanto uma certeza existe: a acontecer, a Feira Medieval voltará a ser bem recebida pela população poveira.

O programa Portugal em Directo, da RTP, fez uma reportagem sobre a Feira Medieval.