O que está por vir é a escolha do Cineclube Octopus para a noite de 6 de outubro. Nathalie Chazeaux é professora de Filosofia num instituto de Paris (França), onde vive com o marido e os dois filhos. A sua grande paixão é o ensino, ajudando cada um dos seus alunos a pensar e a encontrar o seu lugar no mundo. Tudo lhe parece perfeito até ao dia em que o marido lhe pede o divórcio. Apesar do inevitável choque inicial, ela percebe que este pode ser o momento por que tanto esperava. Com 55 anos e uma enorme vontade de se renovar, Nathalie aproveita aquela sensação de liberdade para recomeçar, dando início a uma nova forma de existência.
Com realização e argumento de Mia Hansen-Løve (“O Pai das Minhas Filhas”, “Um Amor de Juventude”), um filme sobre recomeços que conta com Isabelle Huppert, André Marcon, Roman Kolinka e Edith Scob, entre outros.
No dia 13 de outubro, será exibido um filme português: Cartas da Guerra. Ano de 1971. António (Miguel Nunes), de 28 anos, é incorporado no exército português para servir como médico numa das piores zonas da Guerra Colonial, no Leste de Angola. Longe de Maria José (Margarida Vila-Nova), a mulher amada que se viu obrigado a deixar, ele vai matando as saudades através de longas cartas que durante dois anos lhe escreve. Através delas, o espectador vai conhecendo o homem solitário por detrás do soldado, as suas angústias, desejos e esperanças. Com o passar do tempo, António apaixona-se por África e toma posições políticas…
Um filme dramático escrito e realizado por Ivo M. Ferreira (“Águas Mil”, “Em Volta”), segundo um argumento seu e de Edgar Medina que se inspira em “D’Este Viver Aqui Neste Papel Descripto: Cartas da Guerra”, uma compilação de cartas que António Lobo Antunes (na altura um jovem alferes destacado para Angola) escreveu à mulher. O filme esteve já presente em vários festivais internacionais, entre eles o Festival de Cinema de Berlim (Alemanha), o Festival Internacional de Cine de Cartagena de Indias (Colômbia), Macau Literary Film Festival, Hong Kong IFF, Shanghai International Film Festival (China), Thessaloniki International Film Festival (Grécia), Sydney Film Festival e Brisbane Asia Pacific Film Festival (Austrália).
A última escolha do mês do Cineclube Octopus, que será exibida no dia 27 de outubro, recaiu sobre Victoria, uma jovem espanhola que se diverte numa discoteca da cidade de Berlim, Alemanha. Lá, ela conhece Sonne, por quem se sente atraída, e Boxer, Blinker e Fuß, os três amigos dele. Os quatro amigos acabam por arranjar problemas e roubar um carro roubado, conduzido por Victoria. O que começou como uma aventura inocente e divertida, acabou por se transformar num pesadelo de proporções inimagináveis…
Realizado por Sebastian Schipper segundo um argumento seu, de Olivia Neergaard-Holm e de Eike Frederik Schulz, um filme dramático e ultra-realista que acompanha os actores num único plano-sequência de duas horas e vinte minutos. O elenco conta com a participação de Laia Costa, Frederick Lau, Franz Rogowski, Burak Yigit e Max Mauff.
Vejamos, agora, as escolhas do próprio Cine-Teatro Garrett.
No dia 2 de outubro, às 21h30, poderá assistir a O bebé de Bridget Jones. Renée Zellwegger volta a dar corpo a Bridget Jones que, agora com 43 anos e novamente solteira, já não vive obcecada com celulite, quilos a mais ou paixões não correspondidas. Ela é uma mulher assumidamente só que decidiu investir na carreira, rodear-se de amigos e ser feliz sem depender de nada ou de ninguém. Tudo lhe corre de feição até descobrir que… está grávida. A notícia da chegada de um bebé até poderia ser bem recebida não fosse um facto particularmente delicado: Bridget não sabe se a gravidez é o resultado da inesperada noite que passou nos braços de Mark Darcy – por quem esteve profundamente apaixonada no passado –, ou se será ela fruto de Jack Qwant, um americano muito atraente com quem passou alguns dos mais agradáveis momentos da sua vida…
Com realização de Sharon Maguire (que já tinha assinado o primeiro filme, em 2001) e argumento de Helen Fielding, Dan Mazer e Emma Thompson, uma comédia romântica que continua a história da famosa personagem nascida nas crónicas da jornalista britânica Helen Fielding para o jornal “The Independent”. Para além de Zellwegger como protagonista, o elenco conta também com Colin Firth, Patrick Dempsey, Jim Broadbent, Gemma Jones ou Emma Thompson, entre outros.
As sessões têm início às 21h45 e a entrada é gratuita para sócios e tem o custo de €4 para não-sócios.
No dia 16 vão passar dois filmes na tela do Garrett: Cegonhas (15h30) e Milagre do Rio Hudson (21h30).
No Milagre do Rio Hudson, Clint Eastwood filma a história verídica de Chesley “Sully” Sullenberger, o piloto de aviação que, em 2009, aterrou de emergência no rio Hudson, em Nova Iorque, e evitou que 155 pessoas morressem. No papel do homem que se tornou um herói americano após esse evento está Tom Hanks, que nunca tinha trabalhado com Eastwood, quer como actor ou realizador. Anna Gunn (de “Breaking Bad”), Laura Linney e Aaron Eckhart compõem o resto do elenco.
Em Cegonhas trata-se da dedicação das cegonhas na entrega de bebés. Humanos de todas as épocas e lugares esperavam ansiosamente pelo momento da sua chegada. Todos eram felizes e gratos por fazer parte de um momento tão importante. Actualmente, porém, a cornerstore.com, a empresa “online” que antes se dedicava exclusivamente a essas entregas, decidiu generalizar os seus serviços a qualquer mercadoria. É então que a cegonha Júnior, um dos seus mais perfecionistas e dedicados trabalhadores, activa involuntariamente a Máquina de Fazer Bebés e produz uma menina, algo que já não acontecia há imenso tempo. Desesperado por livrar-se do problema antes que alguém se aperceba do seu engano, Júnior tem de descobrir quem são os seus pais e fazer a entrega o mais rapidamente possível. A ajudá-lo terá Tulip, uma rapariga órfã que decide que, já que vão entregar um bebé, talvez seja o momento apropriado de descobrir os seus próprios pais…

Na versão dobrada, as vozes são de Nuno Markl, Leonor Seixas, Manuel Marques, Lourenço Serrão, Tobias Monteiro, Ana Catarina, Bruno Ferreira, Eduardo Madeira e Quimbé.
A entrada custa €3,50