O autor fará a leitura de alguns poemas, para além de que estará disponível para autografar os livros, no final.

O Mar a Mar a Póvoa é, fundamentalmente, um regresso, como toda a poesia, e se calhar toda a arte. Um regresso ao tempo irrepetível da infância, que é também, e sobretudo, um ato de amor melancólico.

No Prefácio da obra, Manuel António Pina diz que: «JCdeV está na sua poesia como a sua poesia, como cada verso dela, está nele. Sempre assim foi, e continua hoje a ser impossível lê-la sem ouvirmos a sua voz e sem nos aproximarmos do seu coração. (“A poesia, escreve, é o mais profundo de mim”). Como ele lucidamente sabe, trata-se de uma poesia “de dentro para fora’’, sem máscara que não seja a da própria volúvel natureza da palavra e da forma poéticas».

José Carlos de Vasconcelos

Nasceu em Freamunde, em 1940, mas sempre viveu na Póvoa de Varzim, onde fez a Escola e o Liceu, e muito cedo iniciou a atividade jornalística e cultural, designadamente dirigindo uma página literária em O Comércio, e publicando o primeiro livro de poemas, Canções para a Primavera  (1960). Depois, estudou Direito em Coimbra, onde foi, bem como a nível nacional, destacado dirigente associativo, presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe de redação da Via Latina, fundador e presidente do Círculo de Estudos Literários, ator do TEUC, etc. Foi ainda dirigente do Cineclube e chefe de redação da revista de cultura Vértice, então, com a Seara Nova, a mais importante. Já licenciado, foi para a redação do Diário de Lisboa, interveio ativamente na vida sindical (além do mais como presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa) e, como advogado, na defesa de presos políticos e jornalistas. Fez numerosas sessões de leitura de poesia, em vários pontos do país, só ou ‘acompanhado’  por Carlos Paredes, como participou em sessões de Canto Livre com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel Freire, entre outros.