A primeira teve lugar na Biblioteca Municipal para cerca de 50 alunos de duas turmas do 6º ano da Escola EB 2/3 Dr. Flávio Gonçalves e a segunda já à noite, no Diana Bar, para o público em geral. Comum às duas sessões, o facto de a palestra ser interactiva, isto é, ser baseada, em grande medida, pela participação das pessoas, constantemente desafiadas por Alfredo Leite, o psicólogo educacional do projecto “Mundo Brilhante” e responsável pela sessão, a participar, a dar a sua opinião e a responder às perguntas que iam surgindo.

Na base da sessão estava um conjunto de quatro imagens, mostradas para que fossem identificados os problemas, a sua origem e a solução. A seca, a indefinição e imprevisibilidade das estações do ano, os furacões e demais catástrofes naturais, e as cheias, que em Portugal vão ser cada vez mais graves, foram os problemas identificados.

A explicação para eles e muitos outros pode estar no Aquecimento Global ou, como preferiu assinalar Alfredo Leite, no Alheamento Grupal, isto é, no facto de as pessoas estarem alheias aos problemas que assolam o equilíbrio ambiental do Planeta Terra. E foram apresentadas provas, como por exemplo, o facto de serem poucos os que sabem identificar uma central termoeléctrica e muitos os que desconhecem o facto de esta lançar não apenas vapor de água para atmosfera, o que agrava o efeito-estufa, mas também gases tóxicos. No entanto, estas centrais, assim como as refinarias, produzem algo que usamos todos os dias, muitas vezes de forma ineficiente: energia.

É, então, uma questão de saber aliar a teoria à prática, acabando com a hipocrisia que ainda hoje marca as acções de muitos de nós. Trata-se de saber quais as soluções e pô-las em prática, e Alfredo Leite deixou algumas sugestões: usar, se possível energias alternativas “que não gastam nada” e, a um nível individual, usar os ecopontos. O psicólogo introduziu ainda a questão dos oleões e da produção do biodiesel, criticando o facto de esta estar refém de interesses económicos que não permitem a sua livre produção e utilização.

A questão da pegada biológica foi ainda referida, com Alfredo Leite a confessar que todos os anos planta uma árvore, quem sabe para compensar os milhares de quilómetros que faz anualmente, percorrendo todo o país para dinamizar acções de sensibilização como as apresentadas na Póvoa de Varzim, que, como o próprio afirmou, “mais do que factos científicos, pretende chamar a atenção das pessoas para um problema bem real, lançando também uma mensagem de esperança.”