O aspeto macabro e a sensação de um quase paganismo associado a este subtil culto dos mortos, não podia agradar, quer ao clero ilustrado, quer a intelectuais progressistas. Só os etnólogos e antropólogos destacavam o interesse histórico e mesmo científico deste espaço – daí o cuidado em realizar este registo fotográfico antes da demolição do edifício da antiga igreja da Misericórdia, em 1910. Quando se procedeu às transferências das ossadas para o cemitério, este vestígio estranho e barroco de morte seca desapareceu.

Pode ver este registo fotográfico de terça a domingo, entre as 9h30 e as 12h30 e das 13h30 às 17h00, pelo valor de 1 euro. A entrada é livre às quintas-feiras e para estudantes, professores, reformados, associados da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e do Grupo de Amigos do Museu da Póvoa de Varzim.