Os deputados da Assembleia Municipal reuniram-se ontem à noite para discutir o Relatório de Contas do ano de 2017.
No final da sessão, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, afirmou que as intervenções dos deputados têm subido de nível ao longo do tempo e que há uma despartidarização patente em prol de discussões relevantes para a comunidade poveira.
Um dos assuntos trazidos a debate foi o preço da água na Póvoa de Varzim e Aires Pereira quis, “de uma vez por todas, acabar com o mito de que este é o concelho com as tarifas mais caras. Por isso, trouxe um estudo que revela que, dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, a Póvoa de Varzim é aquele que está a meio da tabela. As pessoas falam muito mas estudam pouco. De facto, a Póvoa de Varzim é o concelho inserido no sistema das Águas do Noroeste que pratica os valores mais baixos”. O edil ficou convencido que o estudo apresentado elucidou definitivamente os deputados. Apesar do preço da água ser justo, segundo Aires Pereira, o projeto de separar a conta da água da conta dos resíduos e de saneamento será para avançar. “A partir de setembro teremos a recolha porta a porta, o sistema Pay-As-You-Throw (PAYT), que irá constituir um claro incentivo para os cidadãos, por via financeira, para promover a separação na origem e aumentar as taxas de recolha seletiva. É portanto um método mais justo que promove a redução da fração indiferenciada produzida por cada cidadão e o aumento da separação dos resíduos valorizáveis”. Os munícipes irão pagar os serviços de RSU de acordo com a quantidade de resíduos que produzirem, estando portanto sobre o lema “Quanto mais poluir, mais paga”.
Estamos a ultimar os pormenores com todos os municípios que fazem parte da Lipor, uma vez que só faz sentido se Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Valongo e Vila do Conde também aderirem ao projeto.