Para o compositor e cantor português, “Liberdade” é de todas as palavras e conceitos que uso na minha vida, e por arrasto nas canções, a que mais acarinho e que mais defendo, aquela que dá ao norte a sua bússola. Deste modo, Sérgio Godinho dirige o público para o que poderá assistir em “Liberdade” – a partir de uma canção composta em 1974 e publicada nesse mesmo ano no álbum “À Queima Roupa”, o “escritor de canções” revê, através do seu repertório, a vivência do Portugal democrático.

Estreado em abril de 2014 em três memoráveis noites no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, tem percorrido o país provocando grande do entusiasmo junto de todos quantos a ele têm assistido, motivando inclusive, a publicação de um disco ao vivo no final do ano com o mesmo título – “Liberdade”. Por entre releituras e reproduções, Sérgio Godinho aborda a quase totalidade da sua vasta discografia tendo como ponto de partida a liberdade em sentido lato ou, se quisermos, as diversas liberdades, em sentido particular – “Já Joguei Ao Boxe”, “Fotos do Fogo”, “Maçã Com Bicho”, “Que Força É Essa” ou “O Acesso Bloqueado” são, entre outras, canções presentes – mas há ainda espaço para a novidade, para os inéditos, e “Tem O Seu Preço” sobe ao palco; ou ainda para a descoberta de “Na Rua António Maria”, tema de Zeca Afonso nunca antes publicado e que Sérgio Godinho traz a “Liberdade”, literalmente, de memória.

Desde a música empenhada, bandeira de causas e consciência social, ao diário íntimo e plural, uma visão de nós próprios a partir do trabalho de um dos mais importantes criadores de imaginário das últimas quatro décadas.

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