A
iniciativa é do grupo de teatro O Fantocheiro e conta com o apoio da Câmara
Municipal da Póvoa de Varzim, através do seu Gabinete de Educação de Adultos.

«De
Lés-a-Lés» será a peça apresentada, a 13ª produção do grupo, e é uma proposta
de teatro de rua.

“Tal
como o nome indicia, é um espetáculo de espectro largo com recurso à
representação, ao uso variado de técnicas de expressão dramática, manipulação
de marionetas, artes circenses e múltiplas abordagens que procuramos explorar.

Está
dividida em 3 partes de 30m cada. A saber:

 – a raiz popular – Recupera vários aspetos da
cultura popular portuguesa como os caretos transmontanos, a dança dos
pauliteiros, o fandango (de varapau), o cante alentejano e os zés-pereiras,
cabeçudos e gigantones. É acompanhado com música ao vivo e recorre, ainda, à
recriação de várias propostas musicais tradicionais.

– o
circo e a cidade

A partir da música de João Lóio, recria as artes circenses, às quais se procura
novas abordagens, digamos, mais urbanas. Malabares, dança, manipulação de
marionetas, contorcionismo, técnicas de equilíbrio, rolos, patins, monociclo,…
são técnicas utilizadas, aqui tratadas nos limites da fronteira entre o circo e
o teatro.

– último
ato – tendo como fio condutor a ideia de interação público / atores, esta é uma
proposta variada e multidisciplinar onde se recorre às diferentes técnicas de
comunicação entre quem apresenta e assiste. Cumplicidade, desafio e
interpelação são as palavras-chave deste último ato expressas em técnicas como
a mímica, a pantomima, a expressão dramática não verbalizada, o cinema mudo, a
manipulação de marionetas e a utilização do corpo como elemento de comunicação”.

Sobre o grupo:

“Embora
o grupo não tenha propriamente um nome assumido, tampouco registado, O Fantocheiro
tem sido a denominação informal que mais frequentemente é utilizada, pelo que,
ano após ano, tem-se afirmado como sendo a designação para o trabalho
desenvolvido por este grupo de crianças.

Efetivamente,
tudo surgiu em torno de uma barraca de fantoches adquirida no ano de 2002 e de
um grupo de crianças que, ao sábado, tinham o hábito de se encontrarem. É por
de mais conhecido o fascínio que 
uma  barraca  de 
fantoches  exerce  sobre 
crianças  desde  a 
mais  tenra  idade. 
São, igualmente, conhecidas as suas potencialidades, tanto pedagógicas
como psicológicas. Ora, dada a larga aceitação e a centralidade que tal objeto
adquiriu nas brincadeiras, foi ganhando corpo a ideia

de
se realizar pequenos espetáculos tendo como preocupação central desenvolver um
trabalho centrado nas diversas vertentes do fantoche.

Nos últimos anos, temos
explorado a vertente da expressão corporal, a expressão musical, as diferentes
técnicas de utilização da  máscara,  a 
poesia,  a  arte 
de  dizer,  a 
dança…  Este ano resolvemos
experimentar o teatro de rua”.