Com músicas originais de Rodrigo
Santos e interpretação de Daniel Pinto, Ivo Bastos e Rodrigo Santos, “Bucket”,
ou balde, em português, propõe uma visão bem particular do mundo. Diz o Teatro
da Palmilha Dentada: “Um balde divide o mundo. Havendo um balde, há o que está
dentro e o que está fora. De pernas para o ar é um banco. Com um pé dentro é um
gag antigo. Empilhados, uma torre.
Numa loja de cristais é um erro, na construção civil uma constante, se tiver um
furo é inútil, se tiver muitos, dependurado num ramo de árvore, é um chuveiro.
Há baldes que são dois – meio balde de detergente, meio balde de água limpa.
Alguns têm tampa, outros têm rodas, quase todos têm asa. Transportam água,
guardam o leite e um balde foi à lua e voltou cheio de pedras lunares. E se um
dia nos faltarem? Um balde é também um bom ponto de partida para as historias
que se querem contar”.

O
Teatro da Palmilha Dentada existe desde Agosto de 2001, data em que levou à
cena o seu primeiro espectáculo de rua, “Os piratas do fio d’água”. A sua
actividade tem sido, sobretudo, orientada para a vertente da criação e de pesquisa
no âmbito da dramaturgia, com especial preocupação na dinâmica de criação de
públicos. Mais do que a necessidade de uma estética definida, a prossecução
desta dinâmica criativa tem vindo a direccionar a produção artística da
companhia em áreas diversas como o Teatro de Rua, o Café-Teatro, o Teatro de
Sala e a Rádio.