Esta campanha surgiu no âmbito das comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT), assinaladas “por um conjunto de 53 países, com o objectivo de chegar aos 70”, elucidou o autarca.

Relembrando aquilo que já foi feito no município pelo Ambiente, como a instalação da rede de saneamento, as campanhas de sensibilização ou a intervenção em espaços verdes da cidade, Manuel Angélico levantou o véu sobre o que o município prepara para os próximos meses. “Vamos avançar com a plantação de 500 pinheiros-bravos numa área fustigada por um incêndio, em Terroso”, evento já marcado para 1 de Dezembro, baptizado com o nome “Floresta Viva”.  Os pinheiros-bravos, cedidos pelo Núcleo Florestal do Tâmega, vão ser plantados com a ajuda de um grupo de voluntários, no lugar do Carregal, Terroso.

A comunidade escolar continua a ser uma parceira valiosa para o Pelouro do Ambiente, que, no âmbito desta nova campanha e do AIPT, continua a “Educar para o Bom Ambiente”, lançando novas actividades, como por exemplo, o projecto pedagógico “Rocha Amiga”, que conta com o apoio da Agência Viva e da Comissão Nacional UNESCO. Destinado a alunos do 7º ano, cujo programa curricular inclui o estudo da Geologia, este projecto consiste na criação e colecção de amostras de rocha que depois serão permutadas entre escolas, dotando-as, assim, de colecções básicas de rochas exemplificativas da Geologia de Portugal. Para além destas duas actividades, o Pelouro do Ambiente incorporou, ainda, no seu plano de actividades de Educação Ambiental, o programa científico do AIPT. São exemplo as sessões temáticas, que servirão para discutir as alterações climáticas, os oceanos, os solos e os recursos naturais. As sessões têm a duração de 30 minutos e dividem-se entre uma parte teórica, onde se inserem os conceitos fundamentais e se lançam as frases para reflexão, e uma parte prática, onde se avalia o assimilado.

A população em geral pode também dar o seu contributo, pois a partir de Janeiro vão receber um convite para aderir ao projecto “Terra à Terra”, que a autarquia lança, com o apoio da Lipor. Ana Lopes, técnica daquela empresa, explicou que este é um projecto de compostagem caseira, a que podem aderir maiores de 18 anos, que disponham de jardim ou horta, em habitação permanente. O projecto está também aberto à adesão de instituições escolares. Tem como objectivo promover a redução de resíduos orgânicos nas habitações, que, através da compostagem, podem ser melhor aproveitados, evitando custos desnecessários com o seu transporte e tratamento/deposição. Estima-se que cerca de 40% dos resíduos domésticos são orgânicos, pelo que podem ser aproveitados através deste processo. Os aderentes assinam um contrato de permanência de um ano e têm ainda que, obrigatoriamente, frequentar um curso de formação em compostagem, com a duração de três horas. Em contrapartida, recebem um compostor e é-lhes disponibilizado apoio técnico telefónico e ao domicílio.

 

Estas são apenas algumas das actividades que a autarquia lança, em consonância com as comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra que, recorde-se, decorrem no triénio 2007-2009. Reforçam uma política ambiental que a autarquia tem vindo a implementar, ao longo dos anos, e que tem a ver não só com a criação de estruturas que permitam um melhor desempenho ambiental, mas também com o educar para a cidadania e para o erguer de uma nova consciência ecológica.