O edil transmitiu que “João Marques dedicou permanente atenção à investigação e à divulgação da história local, não só por imperativo da sua formação académica mas na decorrência ética da sua paixão por tudo quanto dizia respeito à sua comunidade, a Póvoa de Varzim. Foi uma grande referência nacional na investigação da história das mentalidades religiosas e seus reflexos sociais e políticos”, constatou.

Aires Pereira revelou que “foi, com igual mérito, um vulto da cultura local, desde os tempos em que, no Diana-Bar, participou em tertúlias com José Régio, Manoel de Oliveira, Luís Amaro, Orlando Taipa e outros, até intervenções mais próximas enquanto Diretor do Museu Municipal de Etnografia e História (que, com uma exposição sobre as Siglas Poveiras, venceria um prémio europeu), participante em congressos, colóquios e seminários, autor de publicações de diversa temática local, etc. A sua vasta bibliografia é fruto de um trabalho aturado e incansável, que só a morte, abrupta, fez cessar: no início do Correntes D’Escritas deste ano fez apresentação (que a imprensa reconheceu brilhante) da obra completa do Pe. António Vieira, em cuja edição crítica participou na qualidade de consultor – tal como havia feito no filme “Non ou a vã glória de mandar” do seu amigo Manoel de Oliveira.

Foi, pois, muito justa a distinção que, no Dia da Cidade de 1995, lhe foi outorgada pelo município: a Medalha de Reconhecimento Poveiro, de grau prata”.

O Presidente reconheceu ainda que “a dívida de gratidão do município não fica saldada com o luto, de três dias, que de imediato decidi – há-de ter, necessariamente, outras expressões”, acrescentando que, para além da atribuição de um arruamento com o nome do Padre João Marques, teremos “uma marca mais distintiva para que as gerações futuras tenham curiosidade em saber quem foi e qual a dimensão do trabalho que desenvolveu”.

O edil informou o executivo da contestação apresentada pela Câmara Municipal em relação ao processo de venda de terreno para expansão da fábrica A Poveira, na Zona Industrial de Laundos: “os advogados que estão a tratar desta questão por parte da Câmara Municipal acham que há um conjunto de argumentos a favor da decisão tomada pelo Município e pelo Assembleia e, portanto, propuseram-nos responder à proposta do Ministério Público e acompanhar o processo”.

O executivo aprovou a desafetação de uma parcela de domínio público que segundo explicou Aires Pereira trata-se de “um bocado de estrada abandona em Navais e que vai permitir recentrar o Cruzeiro de São Lourenço, uma vez que está a parecer meio perdido no meio de dois arruamentos. Vamos reorganizar este cruzamento”.

No âmbito dos apoios municipais, foram aprovados os seguintes: para a Comissão de Festas de S. Gonçalo, em Beiriz; para o Centro de Desporto e Cultura Juvenorte para a realização do Testamento e Queima do Judas e para Arraial popular na Festa de Nossa Senhora do Desterro; para o Rotary Club da Póvoa de Varzim no âmbito da atribuição de bolsas de estudo da Fundação Rotária Portuguesa, destinadas a estudantes deste concelho; para associações envolvidas no programa “Vamos Cantar as Janeiras” 2015. Foi ainda aprovado um subsídio para a renovação da Academia de Kung-Fu no montante de 20 mil euros.

A propósito deste último apoio, o Presidente recomendou à associação “que tenha o cuidado de participar e dizer qual é o apoio que dão sob o ponto de vista social, tendo em conta a sua utilidade pública”.

Foi aprovada a Minuta de Contrato para a Limpeza Urbana nos Espaços Públicos da Póvoa de Varzim e Aver-o-Mar, a ser enviada ao Tribunal de Contas.

Foram aprovadas retificações de contratos anuais como: assistência técnica ao elevador da Escola EB1/JI do Teso, Estela; assistência técnica e manutenção preventiva do sistema de alarme do Estádio e Complexo Desportivo Municipal; vigilância e segurança dos edifícios, infraestruturas e zona envolvente ao Estádio Municipal, Complexo Desportivo Municipal e Parque da Cidade, entre outros.