Em 1962, por iniciativa da Comissão Municipal de Turismo, iniciou-se o percurso das Festas de S. Pedro na Póvoa de Varzim, entretanto adoptadas como FESTAS DA CIDADE. Em menos de 40 anos, tornaram-se uma imagem de marca para a Póvoa, de tal forma que, em 1974, por deliberação da autarquia, o dia 29 de Junho passou a constituir feriado municipal.

As festividades de S. Pedro correspondem a uma semana de espectacular animação, em que toda a Póvoa sai para a rua. O momento por excelência é o da «noitada» de 28 para 29 de Junho, em que se canta, dança e comem sardinhas assadas à volta das fogueiras, num ambiente onde, rapidamente, se passa do estatuto de desconhecido a conviva cúmplice nos folguedos da noite. Os protagonistas da festa são os vários bairros da cidade que, coordenados pela Câmara Municipal, preparam os tronos e as actuações das rusgas.

As rusgas vão para a rua na noite do santo com as cores do bairro, ao compasso de música característica, trajes locais e uma multidão de adeptos a acompanhá-las na visita aos bairros vizinhos.

No dia 29, as rusgas reúnem-se no palco do Estádio do Varzim Sport Club, com a lotação sempre esgotada, para uma exibição conjunta, constituindo este um espectáculo de cor e beleza únicas.

Todos os bairros também apresentam um trono dedicado ao santo, feito no maior sigilo e quase sempre de notável concepção artística, que é motivo de “peregrinação” dos visitantes. Estes tronos são imaginados meses antes e construídos apenas na noite antes da grande “noitada”, para não serem copiados.

De grande apego ao santinho pescador, o poveiro dedica-lhe uma majestosa procissão – a Procissão dos Santos Populares – na tarde do dia 29, feriado municipal.

A procissão sai da Igreja Matriz e recolhe na Igreja da Lapa, e nela são incorporados três santos populares queridos dos poveiros – Santo António, São João e São Pedro.

No período correspondente às Festas da Cidade realizam-se inúmeras iniciativas de cariz desportivo, cultural e outros, das quais se pode destacar, pela sua graciosidade e peculiaridade, o S. Pedro da Pequenada, preparado pelas escolas do concelho, onde se pretende reproduzir, tanto nos trajes como na vivência, as verdadeiras rugas do S. Pedro poveiro.