Em terras japonesas, uma “ama”, que significa literalmente “pessoa do mar”, é uma mergulhadora que se dedica à recolha de abalones, algas, pérolas e outros tesouros marinhos. Esta prática ancestral leva mulheres de várias idades a mergulhar no mar em apneia, sempre sem ajuda de botijas de oxigénio, conseguindo manter-se com a respiração suspensa até dois a três minutos. Após a submersão, cada uma delas regressa a casa, onde prossegue o seu dia-a-dia, tal como qualquer outra mulher da vila. Apesar de bastante perigosa, esta actividade assegura-lhes a sua subsistência e das suas famílias, dando-lhes alguma independência financeira e tornando-as parte de uma estrutura familiar semimatriarcal, incomum na cultura japonesa de outros tempos.