A instituição tem desenvolvido estas acções um pouco por todo o país, em escolas e autarquias, com o objectivo de “transmitir conhecimento à comunidade educativa para que esta, posteriormente, a possa voltar a transmitir à restante população e aos mais novos em particular”, comentou Lucília Guedes. A bióloga do FAPAS explicou que dos 900 quilómetros de costa portuguesa, mais de 450 são constituídos por dunas, razão pela qual devemos saber quais os procedimentos correctos a ter quando frequentamos estas praias.

Lucília Guedes informou que uma duna pode demorar 50 anos a recuperar de uma só passagem de uma mota ou jipe mas, apesar de ser proibido por lei o passeio com veículos motorizados por estes locais, várias dunas têm sido destruídas pelo incumprimento deste dever. O campismo selvagem também é outro factor que, nos últimos anos, tem contribuído para a degradação dos sistemas dunares, assim como a crescente construção civil. O pisoteio é outra das formas de degradação de uma duna. O FAPAS aconselha a utilização de passadeiras aéreas ou de trilhos para atravessar as praias. A vegetação existente junto às dunas também não deve ser retirada, já que as protegem do vento.

A sessão contou com a presença do vereador com o Pelouro do Ambiente. Manuel Angélico afirmou que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim tem todo o interesse em apoiar este tipo de iniciativas, já que também faz parte do Plano de Actividades deste pelouro sensibilizar a comunidade em geral, e em particular a educativa, para a problemática ambiental e promover, nesta classe, o interesse pela utilização das áreas naturais sem as danificar.

Para mais informações sobre o FAPAS – Fundo para a Protecção de Animais Selvagens consulte www.fapas.pt.