Em memória deste ilustre poveiro, D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, irá celebrar uma Missa, amanhã, dia 7 de março, às 10h00, na Igreja da Misericórdia.

O funeral será no domingo, 8 de março, às 11h00, na mesma igreja.

Recorde-se que, recentemente, no âmbito do Correntes d’Escritas, o Professor João Marques participou na  apresentação da Obra Completa do Pde. António Vieira por ser um dos seus organizadores. 

Em 1995, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim deliberou atribuir ao Prof. Doutor João Francisco Marques a Medalha de Reconhecimento Poveiro, de grau prata, “traduzindo a gratidão pelos múltiplos serviços que, como Professor e Investigador, tem prestado à Póvoa de Varzim e ao seu concelho”.

É notável o legado que nos deixa e uma grande perda para a cultura portuguesa.

João Francisco Marques é natural da Póvoa de Varzim (1929), Catedrático Jubilado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde foi titular da cadeira da Teoria da História, dirigiu seminários de Parenética Portuguesa dos Séculos XVI-XVIII, Invasões Francesas e de Minorias Religiosas na Idade Moderna e Contemporânea. A área das suas investigações situa-se no campo da oratória sagrada, da piedade popular, da cultura e mentalidade religiosa da época moderna – temas sobre os quais tem numerosos estudos. Membro da Academia Portuguesa da História, dos Centros de História Religiosa da U.C.P., de História da Espiritualidade e de História Moderna da FLUP, é autor das seguintes obras: José da Silva Tavares e a Actividade Contra-Revolucionária no período do Liberalismo (1975); A Parenética Portuguesa e a Dominação Filipina (1986); A Parenética Portuguesa e a Restauração (1989); O Clero Nortenho e as Invasões Francesas (1991); Humanismos e Reformas, direção do vol. II da História da Vida Religiosa de Portugal (2001); A Arquidiocese de Braga na Evangelização do Além-Mar (2002), galardoada com o Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian “Os Portugueses no Mundo”, da Academia Portuguesa da História; A acção da Igreja no Terramoto de Lisboa de 1755: Ministério Espiritual e Pregação (2006).A Oratória Fúnebre de Vieira (2008), A Utopia do Quinto Império e os Pregadores da Restauração (2007), galardoada com o prémio Gama Caeiro da Academia Portuguesa da História.

Tem colaborado como assessor histórico em vários filmes do realizador Manoel de Oliveira, particularmente em Palavra e Utopia, concebido a partir dos sermões e cartas do Padre António Vieira, de que é aturado estudioso, sendo atualmente o coordenador da obra Parenética do grande pregador, Vieira Global, em publicação pelo Círculo de Leitores.