A Nucha é uma cadela recolhida pel’A Cerca – Abrigo de Animais Abandonados e, posteriormente, adotada por uma voluntária. Esta foi a primeira vez que um animal entrou no Salão Nobre e o motivo não poderia ser mais feliz: a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal e A Cerca, que irá pôr fim ao abate de animais por parte do Canil da Póvoa de Varzim.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, explicou que esta assinatura não se resume à “atribuição de um subsídio. É o assumir de uma parceria, de um compromisso para a resolução de um problema. Por ano, e em média, eram eutanasiados 80 animais no Canil Municipal por este não ter condições para albergar mais do que 50. A Câmara vai aumentar o seu canil para que o número de animais possa também aumentar mas, uma vez atingido o número limite no Canil, A Cerca irá recolhê-los e tentar arranjar-lhes famílias”.   

Sobre a associação, Aires Pereira diz terem encontrado n’A Cerca “as pessoas adequadas para estabelecermos este protocolo. Tudo faremos para assegurar boas condições para os animais, para reforçarmos a questão da adoção e o licenciamento d’A Cerca”.

Raquel Teixeira, Presidente da Direção d’A Cerca há dois anos, ressalvou que o o apoio financeiro dos sócios, padrinhos e amigos d’A Cerca continua a ser de extrema importância pois é através dele que as necessidades básicas dos animais são atendidas (alimentação, higiene e vacinas). Quanto ao subsídio que a Câmara Municipal atribuiu à associação será para urgências médicas, para efetuar melhorias na casa de 135 cães (atualmente) e para, principalmente, amealhar. Só através da poupança será possível investir na melhoria das condições dos nossos melhores amigos.

Aires Pereira anunciou, ainda, que o município deixará de apoiar todas as touradas que se realizem na Póvoa de Varzim. “Era tradição a Câmara Municipal oferecer a Praça de Touros às entidades que promovem este espetáculo, ficando isentas do pagamento do aluguer da Praça de Touros. Sendo assim, todas as touradas que se realizarem na Póvoa de Varzim a partir de agora já não contarão com a aposta de dinheiros públicos”. Aires Pereira sublinhou que “enquanto a lei permitir este género de espetáculo, a Câmara Municipal não irá proibir a sua realização, mas investir o dinheiro dos contribuintes poveiros é algo que não irá mais acontecer”.