O Arquivo
Municipal recebeu o investigador bracarense, doutorando em História da Educação
da U.L, que referiu que “ainda há muitos arquivos ou simples coleções de papéis
‘perdidos’, em casas particulares, que estão por descobrir e/ou explorar, tais
como escrituras, testamentos, inventários, procurações, contratos, cartas,
registos de contabilidade, entre outros”. O convidado explicou que “não damos,
muitas vezes, importância a cartas que, no fundo, podem confirmar dados da
nossa História”. O investigador, exemplificando esta afirmação, falou sobre dois
casos por ele estudados, o primeiro referente a um barbeiro de Monção, que
manteve os seus cadernos de contabilidade entre 1894 e 1938 com várias memórias
assinaladas, e o segundo referente à Casa de Sende, também em Monção, “de onde
saíram dois governadores do Brasil, pessoas da nobreza mas da província,
familiares do Marquês de Pombal”.

Ernesto Português
é autor de diversas publicações sobre a importância dos registos e das escritas
familiares, nomeadamente a correspondência para a história das famílias e das
mentalidades. No seu vasto trabalho como investigador publicou mais de duas
centenas de artigos, na sua maioria dedicados a temáticas sobre Monção.

No dia 9 de junho de 1948,
a UNESCO criou o Conselho Internacional de Arquivos (CIA) e foi a sua
Assembleia Geral que instituiu o Dia Internacional dos Arquivos, precisamente
neste dia. Divulgar o trabalho desenvolvido por estas instituições é o
principal objetivo da comemoração do Dia Internacional dos Arquivos. No caso
particular do Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim, trata-se de reforçar a
importância do registo de documentos, quer documentais, quer fotográficos.