O tema não poderia ser mais atual, sendo que dada a conjuntura económica, solidariedade é palavra de ordem, e o orador, que trabalhou durante alguns anos no Patronato, saberá, do melhor modo, dar a conhecer o trabalho desenvolvido por esta instituição e a sua importância para a comunidade poveira.

Segundo revelou Alberto Eiras, a Casa Poveira de Acção Social foi “uma instituição de solidariedade social sui generis” fundada com uma Cozinha Económica, um Lactário de São Tarcísio e o Patronato de São José, no mandato de Abílio Garcia de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal, de 19 de Fevereiro de 1937 a 18 de Janeiro de 1940, tendo-se debruçado generosamente sobre os problemas dos pobres, dos operários e das crianças.

Foi graças a esta “Casa” que muitas crianças foram retiradas da rua e receberam roupa, alimentação, educação e instrução. O Patronato de São José, obra do Arcipreste Manuel da Costa Gomes, pároco de São José de Ribamar, que criou a Casa Poveira de Acção Social, também iniciou muitos jovens no trabalho. Das várias artes desenvolvidas, a tipografia destacou-se, graças a um mestre de tipografia, Joaquim Pereira da Silva, que preparou bons profissionais na área. Havia ainda o Lactário de São Tarcísio que fornecia leite às mães carenciadas e tratava a doença, a tinha, que de forma quase epidémica, atacou as crianças. Outra valência era a Cozinha Económica Doutor Oliveira Salazar que servia refeições baratas.

Saiba mais sobre esta instituição participando da conversa com Alberto Eiras, no Arquivo Municipal.