Dentro ou fora de portas, os utentes dos Centros Ocupacionais de Aver-o-Mar e da Lapa são desafiados, diariamente, a participarem em atividades que promovem o seu bem-estar físico e mental.
No mês de agosto, realizaram um Piquenique de Verão nas instalações do Polo de Terroso do Mapadi, uma forma de proporcionar uma atividade de intercâmbio com os idosos daquela instituição. Não faltou entusiasmo proporcionada pela equipa do Mapadi e ainda pela acordeonista Julieta Santos, que voluntariamente colaborou e animou com a sua música.
Com esta atividade procurou-se proporcionar aos utentes a vivência de um dia diferente em contacto com a natureza, convívio com outros grupos e descoberta de novas realidades, contribuindo para o reforço da autoestima e valorização pessoais.
Ainda no final do mês de agosto, os utentes do Centro Ocupacional da Lapa usufruíram de uma visita guiada à exposição de arte contemporânea “Artistas Poveiros… Um Olhar!”, n’A Filantrópica. Para tal, foi fundamental a colaboração do pintor Marcelino Benta, que também tem um trabalho da sua autoria na exposição, e orientou o grupo ao longo da visita.
Já no mês de setembro, o Centro Ocupacional de Aver-o-Mar realizou uma sessão de “À descoberta de…”, que teve como convidado Carlos Gomes Sá, Diretor do Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar, que partilhou com os utentes um pouco da sua vida pessoal e profissional.
Carlos Gomes de Sá, suportado em alguns registos fotográficos, falou da sua infância, juventude e formação, centrando-se, na fase final, no trabalho que faz, desde 2007, como Diretor do Agrupamento de Aver-o-Mar.
Um dos pontos mais cativantes foi a apresentação das obras de que é coautor, em parceria com os entrevistados, no caso “Os Forjanenses e a guerra colonial – memórias e histórias dos que viveram o conflito (1956/1975)” e “O que é feito de si?”. Neste caso, e tendo apresentado cada uma das pessoas que entrevistou, relatando algumas das histórias de vida narradas, deixou um repto para a recolha, no Centro Comunitário, das vivências e memórias dos seus utentes, pois foi percetível a riqueza dos registos que guardam. Em termos escolares, ficou prometida a deslocação regular dos idosos às escolas, enquanto bibliotecas-vivas, para partilharem registos.