Na abertura do evento, o Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, alertou para a necessidade de integrarmos nas dinâmicas empresariais locais as grandes linhas que progressivamente vão regendo as dinâmicas empresariais globais: “pensar global, agir local”. Ter largueza de visão naquilo que fazemos aqui, para que a nossa economia se imponha e amplie a sua presença nos mercados nacionais e, sobretudo, internacionais. Da Póvoa para o mundo. Neste sentido, transmitiu que “construir o futuro é a única forma que temos de o influenciar e enfrentar com segurança”.

Para o Presidente da Câmara, “é sua função oferecer aos agentes económicos as melhores condições para preferirem a Póvoa de Varzim como local para o investimento: potenciando a centralidade geográfica do concelho na fachada atlântica do noroeste peninsular; a sua excelente acessibilidade por terra, ar e mar; a proximidade aos principais centros urbanos do norte de Portugal e da Galiza; a qualificação técnica e humana da sua população, particularmente da mais jovem; e a qualidade da vida urbana, particularmente competitiva no contexto regional. E a tudo isso acrescentar um gesto particularmente amigo (o de sermos, na região, o único município que não cobra derrama sobre o IRC); e um outro, de importância talvez ainda mais relevante: o de termos, há anos, uma fiscalidade não apenas atrativa, mas sobretudo estável: eu sei o valor que a estabilidade e previsibilidade tem no mundo dos negócios”.

Aires Pereira terminou lamentando que “a administração central, infelizmente, não está do nosso lado, e o país vai sendo adiado” como comprova a baixa execução dos Fundos Europeus a nível nacional. Neste sentido, o Presidente da Câmara reiterou a disponibilidade do Município para apoiar os empresários do concelho.

Moderada por Diana Bouça-Nova, seguiu-se a primeira sessão com o tema “Investimento e Crescimento: navegando pelas oportunidades dos fundos e programas de Financiamento”.

O Vice-Presidente da Associação Empresarial de Portugal, Luís Ceia, fez uma apresentação do investimento e crescimento da Europa e do país comparativamente e transmitiu que “as políticas financeiras apoiaram o consumo em vez de apoiarem a competitividade. A Europa foi um excesso de aspirações, mas nem tudo se deve à Europa. Os nossos erros e políticas desajustadas conduziram à atual situação em que ocupamos 18ª/20ª posição no que se refere ao Produto Interno Bruto e um decréscimo das exportações (abaixo dos 50%). O desafio que se coloca é, portanto, haver mais investimento e mais exportações, sendo que Portugal é o 15.º país no que diz respeito à captação de investimento estrangeiro, e são as empresas que mais investem e o seu peso no investimento global da economia aumentou. Destacando que o capital humano é o fator mais importante para o crescimento económico, Luís Ceia considera que é fundamental crescer mais e melhor e estimular o investimento.

Nuno Camilo, Diretor do Projeto Acelerar o Norte, revelou que dinamizar o tecido empresarial e dotar as empresas de uma vida diferente relativamente à digitalização, assim como abrir horizontes e aumentar produtividade são os objetivos do projeto. Informou que “as empresas que se foram digitalizando já assumem uma cota de mercado maior” sendo a estimativa de compras online em 2024 de 143 mil milhões de euros. Em suma, o projeto Acelerar o Norte tem a missão de ativar uma presença digital; incorporar a tecnologia nos modelos de negócio; desmaterializar os processos com clientes e fornecedores e capacitar digitalmente as empresas, incluindo gestores e colaboradores. Atrair novos clientes; aumentar as vendas; simplificar processos e fazer crescer o negócio foram as vantagens apresentadas por Nuno Camilo que concluiu: “queremos sensibilizar os empresários para importância da pegada digital preparando para o estágio seguinte a inteligência artificial”.

José Mota Freitas, da Direção de Empresas CGD, apresentou uma visão geral dos Fundos Europeus (em curso 24.2 mil milhões), dos quais o PRR com 22.2 mil milhões em curso. Referiu as vias de acesso das empresas aos Fundos PRR e instrumentos disponíveis para as empresas, bem como os parceiros de consultoria da CGD.

A manhã terminou com a inauguração da Mostra Empresarial que conta com a participação das seguintes empresas do concelho: Grupo Confiauto; Beatriz Imobiliária; CCR – E&C; Auto Furtado; Teoria Curiosa; DS Travel; Solvenag; Craveiro Mobiliário; RCM Etiquetas; JCSS; Gese Seguros; Grupo Vendeiro; Hotel Torre Mar; Bolos do Folheta; ADN Agency; Oficina d’Imagem; Grupo Bodegão; MTK+; Cortex Digital; Mais Semanário; Evoproject; JL Furtado e Efaflu. Em exposição o tecido económico da região, as suas caraterísticas, ofertas diferenciadoras e inovadoras, uma excelente oportunidade para estabelecer novos contactos e parcerias durante esta quinta e sexta-feira, no Hotel Axis Vermar. Consulte o programa completo do Congresso Empresarial da Póvoa de Varzim aqui.