Iniciada em
Fevereiro de 2007, a intervenção na Praça do Almada teve como objectivo
devolver à cidade e aos munícipes aquele que é, acima de tudo, um espaço
central de vivências e lazer, recuperando, assim, a vocação da Praça enquanto
espaço de encontro e de passagem. A cerimónia de abertura começou com uma breve
visita ao espaço pela comitiva formada pelo executivo camarário, entidades
militares, religiosas e civis, representantes das Juntas de Freguesia e
população em geral. Terminou junto à estátua de Eça de Queirós onde José Macedo
Vieira, Presidente da Câmara Municipal e Álvaro Moreira, Presidente da
Assembleia Municipal, descerraram a placa comemorativa, na presença de Ezequiel
Veloso Gomes, um cidadão poveiro que, como explicou Macedo Vieira, desafiou a
autarquia a, ao invés de fazer uma simples placa, elaborar um pequeno monumento
onde se aludisse às obras mais significativas de Eça de Queirós, também ele
cidadão poveiro.

Sobre a abertura da
Praça, Macedo Vieira não deixou de sublinhar a sua importância. “Foi uma obra
pensada há cerca de seis anos, tendo sido uma das muitas ideias que tive
enquanto candidato. Esta é a Praça de todos nós, a nossa sala de estar, num
projecto que é muito semelhante aos utilizados em países mais desenvolvidos”
Satisfeito por ver este sonho finalmente cumprido, pois como explicou “houve
outras prioridades”, o autarca desafiou ainda a sociedade civil a contribuir
para a vida do espaço, nomeadamente através de actividades económicas,
defendendo este pedido com o facto de, na delineação do projecto, ter-se tido o
cuidado de “encontrar uma solução intermédia onde se dá espaço aos peões mas
também aos automóveis”, rebatendo, assim, quaisquer hipóteses de desertificação
do espaço.

A cerimónia terminou
com a actuação da Banda Musical da Póvoa de Varzim, que no final interpretou o
Hino Nacional.

As comemorações do
Dia da Cidade continuaram, desta feita no Salão Nobre dos Paços do Concelho,
onde foram atribuídas as distinções honoríficas municipais. Através delas, o
município manifestou o seu reconhecimento a HeideMarie Hanneman (representada,
na cerimónia, por Cátia Ferro, sua filha) e Artur Cardoso Antunes, que
receberam a Medalha de Cidadão Poveiro.

35 dia cidade

HeideMarie Hanneman
é uma cidadã alemã que vive em Portugal há aproximadamente 30 anos. Em finais
da década de 80 apostou na recuperação dos Tapetes de Beiriz, um dos símbolos
da identidade cultural poveira. Fundou a Fábrica de Tapetes de Beiriz, Lda, e
tem contribuindo para a difusão deste ex-libris por todo o mundo. Igual sucesso
empresarial conheceu Artur Cardoso Antunes, um vimaranense que se mudou para a
Póvoa em 1980, em virtude do seu trabalho como professor em algumas escolas do
concelho. Dois anos depois, inicia a sua incursão no mundo dos negócios,
começando por gerir uma panificadora que, entretanto, expandiu. Identificando
um nicho no mercado, Artur Antunes resolveu apostar no ramo dos consumíveis de
papel, fundando, em 1986, a Casa do Papel, hoje líder de mercado no seu sector.
É no entanto o seu espírito solidário que a Câmara Municipal congratula através
da atribuição da Medalha de Cidadão Poveiro, reconhecendo-lhe a consciência filantrópica
e social que o leva a ajudar as mais diversas associações ligadas à solidariedade,
à cultura e à formação de jovens. Dirigindo-se a estes dois homenageados,
Macedo Vieira fez questão de afirmar que “esta nova condição de cidadãos da
Póvoa de Varzim é uma distinção que, mais que aos próprios, nos honra a todos
nós”.

A Medalha de
Reconhecimento Poveiro – Grau Prata foi atribuída a Alberto Fernandes da Silva.
Na base da decisão o facto de este cidadão poveiro se dedicar, desde Janeiro de
1980, à presidência da freguesia de Navais. “A Cidade faz-se também com a força
do voluntariado e do serviço à causa pública, que é justamente o que nos apraz
reconhecer em Alberto Fernandes da Silva”, explicou Macedo Vieira, exaltando
ainda a dedicação com que dirige a sua freguesia “à frente da qual vem
conduzindo um projecto de desenvolvimento, que é visível na forma como lhe
conservou e desenvolveu o carácter e a identidade”.

homenageados
Da esq. para a dir.: Alberto Fernandes da Silva,
Macedo Vieira, Cátia Ferro e Artur Cardoso Antunes

O edil terminou o seu discurso dizendo que este
acto de homenagem “é um dos momentos mais compensadores da minha actividade como
autarca”, firmando a convicção de que tal dá a certeza “de que a Cidade está
viva, é competitiva e tem futuro”. Repescando uma citação de Thomas Jefferson,
terceiro Presidente dos Estados Unidos da América, Macedo Vieira deixou uma
última mensagem a todos os presentes, acreditando-a propositada a qualquer um
dos homenageados: “Acredito muito na sorte e vejo que quanto mais trabalhamos,
mais sorte temos”.