Eduardo Faria, presidente da associação, afirmou que “se o ano passado assumi que o número de espectadores tinha diminuído, tenho também a obrigação de dizer que nesta edição houve um acréscimo de público, facto que nos deixou extremamente felizes.” Eduardo Faria refere que o espectáculo que teve mais público foi A Tempestade, uma criação da Companhia do Chapitô, baseado numa peça de Shakespeare. Uma história sobre magia, monstros e espíritos onde não faltaram cenas cómicas com hábeis jogos de palavras, tão próprios das obras do dramaturgo inglês. As peças para toda a família também foram um êxito, tendo contado com presença de muitas crianças que, muito atentamente, ouviram a História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, texto de Luís Sepúlveda; Acende a noite, onde muitos pequeninos podiam identificar-se, com certeza, já que a personagem principal tinha medo do escuro; e João e o Pé de Feijão, conto dos irmãos Grimm, familiar para muitas crianças.
O presidente do Varazim Teatro sublinhou, ainda, o sucesso do primeiro espectáculo, Kanukanakina, um projecto musical desenvolvido a partir de instrumentos musicais reciclados ou com objectos do quotidiano em fusão com instrumentos electrónicos convencionais. Eduardo Faria explicou que “este não é o tipo de música a que as pessoas estão habituadas a ouvir na rádio. É um som diferente. Por isso, ficamos agradavelmente surpreendidos quando vimos o Diana Bar com mais de uma centena e meia de pessoas. Isto mostra que o público está aberto a novas ideias.”
Também o workshop “Ferramentas básicas do actor”, que o Varazim Teatro desenvolveu de 1 a 11 de Setembro, irá colher os seus frutos. Os novos actores apresentaram-se em público pela primeira vez no dia do aniversário da associação, estando esta apresentação incluída no programa do É-Aqui-In-Ócio, e o Varazim Teatro prepara-se para integrar estes alunos no grupo. Eduardo faria explicou que “visto que os elementos da associação estão a desenvolver este trabalho gratuitamente, talvez nem todos aceitem. Tem que haver disponibilidade e nem todas as pessoas têm uma vida familiar e profissional que lhes permita fazer parte desta associação. Mas, os que não puderem fazer parte, certamente tornar-se-ão nosso público.”
Eduardo Faria revelou que “temos muita vontade de realizar a edição III em 2010. Trabalharemos para que isso seja possível.”
Pode ver imagens dos espectáculos do É-Aqui-In-Ócio aqui.