A sessão contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, do Presidente da Direção da ANCIA, Paulo Areal, e da Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Esposende, Angélica Cruz.

O júri composto por elementos da ANSR, GNR, ACAP, PRP e Associação Estrada Mais Segura deliberou atribuir o primeiro lugar à Escola Básica do Facho (Apúlia, Esposende) e alunos, o segundo à Escola Básica de Teso (Estela, Póvoa de Varzim) e alunos, o terceiro à Escola de Cadilhe de Amorim e alunos (4.º Ano, Turma B) e o quarto à Escola da Porta Nova (Moura) e alunos (Turma 4.º B). O júri da ANCIA apreciou os trabalhos apresentados tendo em consideração critérios como valor didático e pedagógico dos trabalhos, compreensão demonstrada pelos candidatos em relação ao funcionamento de um centro de inspeção, originalidade, expressividade artística e enquadramento do trabalho face ao objetivo proposto aos alunos.

De entre os trabalhos premiados, o Júri selecionou ainda os trabalhos da Escola Básica do Facho e da Escola Básica de Teso para serem transformados em jogo.

Alunos e professores distinguidos com os três primeiros lugares receberam ontem os respetivos prémios.

Sobre a participação das escolas do concelho da Póvoa de Varzim, o Presidente da Câmara lembrou que já o ano passado a Escola E.B. 1 de Cadilhe foi a vencedora deste concurso, ou seja, “já existe um trabalho organizado nesta área”.

O edil salientou a importância desta “componente formativa no 1º ciclo, sob o ponto de vista da consciencialização de como usar meios de transporte, usar vias de comunicação, ou seja, os nossos meninos terem uma sensibilidade para quando estão dentro do carro com o pai, para saberem se têm que por o cinto de segurança, quando devem atravessar uma passadeira… É um trabalho que pode ajudar a fazer melhores condutores e melhores cidadãos enquanto utilizadores das vias públicas para o futuro”.

Aires Pereira considera que “esta forma é a única de obtermos uma efetiva redução das taxas de sinistralidade” acrescentando que, “com todas as campanhas e milhões de euros que se tem gasto e com indiscutivelmente muito melhores vias de comunicação, os números relativos à sinistralidade não dão sinais de abrandar e, nesse sentido, há que rever toda a forma como temos comunicado e como temos feito todas as ações relativas à prevenção rodoviária portuguesa de modo a que consigamos, num futuro próximo reduzir a sinistralidade e o número de acidentes, mortos e feridos graves que cada vez tem aumentado mais nas nossas estradas”.

Em relação à segurança rodoviária na Póvoa de Varzim, o Presidente explicou que “temos dado um contributo efetivo sob o ponto de vista do aumento das condições de segurança dentro do nosso concelho, desde logo, com a colocação de elementos redutores de velocidade (as ditas lombas) na proximidade dos edifícios públicos, das escolas, dos hospitais e das zonas pedonais”. Neste sentido, constatou que “de acordo com os números publicados, o concelho da Póvoa de Varzim é o que parece em último lugar em termos de número de acidentes dentro da localidade”.

O autarca transmitiu que “temos alguns pontos negros nas nossas vias, nomeadamente na Estrada Nacional 13, cruzamento de Aver-o-Mar e cruzamentos de Navais onde tem havido alguns atropelamentos mortais devido à falta de investimento por parte do Instituto de Estradas quer na sinalização que muitas vezes está abandonada e não está colocada nos devidos sítios, quer na falta de manutenção na via. Este investimento faria aumentar os níveis de segurança à circulação”.

Em jeito de conclusão, Aires Pereira afirmou que “estamos a trabalhar a dois níveis: ao nível formativo e educacional dos jovens e dos cidadãos e ao nível da criação de condições de segurança nas zonas pedonais. Não foi por acaso que não tivemos nenhum acidente nas ditas lombas enquanto que, muito próximo, em vias com as mesmas caraterísticas já têm havido acidentes graves com mortos e feridos graves”, constatou.

Paulo Areal destacou a qualidade dos trabalhos apresentados pelas escolas vencedoras e apresentou os números da sinistralidade rodoviária em 2017 e no início de 2018 para reflexão: “em 2017, ocorreram nas estradas nacionais mais de 130 mil acidentes, mais de 44 mil feridos e morreram 509 pessoas. Isto é dramático. Até 7 de março, o número de mortos nas nossas estradas já iam em 95”.

O Presidente da Direção da ANCIA transmitiu que “existe um Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária que define um conjunto de metas em termos de mortes e acidentes nas estradas e um dos objetivos é terminar 2020 com um rácio de 41 mortos por um milhão de habitantes, ou seja, com 410 mortos, um número ainda muito elevado”, acrescentando que “o grande desafio que devemos deixar para a geração mais nova é daqui a 10 anos, o número de mortos nas nossas estradas seja zero”.