Coube a Álvaro Laborinho Lúcio a honra de “começar a dança” das palavras com a leitura de um pequeno texto sobre a descoberta da poesia por parte do autor do verso que serviu de mote à Mesa. Citando alguns grandes vultos da Literatura, como Eugénio de Andrade e José Saramago, o escritor explicou que as palavras funcionam como o “amparo da música” e “o som de qualquer história”.

A poeta, jornalista e argumentista Filipa Leal recordou Álvaro de Campos, no célebre poema Tabacaria, para expressar o seu contentamento por estar presente e cantar as palavras sem máscara, “metaforicamente falando”, e assim, poder dar voz à grande utopia da atualidade: o regresso a um mundo sem máscaras, com a poesia como “palavra de empatia” e “arma contra o ódio”.

A finalizar a Mesa 1, o romancista e poeta brasileiro Paulo Scott sublinhou a importância de “combatermos o crescente avanço da extrema direita” e de substituir as palavras vazias do ódio e da falta de respeito pela diferença com o som da utopia deste samba.

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