Com ilustrações de Afonso Pinhão Ferreira, o livro, que aborda a vida de um dos nomes incontornáveis da literatura portuguesa, foi apresentado no Cine-Teatro Garrett, com todas as regras de segurança, cumprindo as normas da Direção Geral de Saúde.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diamantino, marcou presença neste evento e sugeriu que os jovens, antes de se debruçarem na leitura d’Os Maias, deveriam passar pelo livro de Gisela Silva. Através dele vão conhecer a vida de Eça de Queiroz e, consequentemente, a sua obra. O autarca elogiou o resultado do trabalho em equipa de Gisela Silva e de Afonso Pinhão Ferreira, Presidente da Assembleia Municipal com talento reconhecido na pintura e, agora, na ilustração.

As obras de Eça de Queiroz (As Farpas, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia, O Primo Basílio, Os Maias, A Cidade e as Serras) albergam uma análise psicológica que deixa solta, para reflexão, a situação social do Portugal de então.

 O estigma de ser “filho de mãe incógnita” ou as enormes provações que sofreu como aluno interno do Colégio da Lapa não apagaram, em Eça de Queiroz, as memórias de uma infância feliz junto dos avós paternos, onde aprendeu o significado da observação. Licencia-se em Direito na Universidade de Coimbra; escreve para vários jornais nacionais anunciando já o que o iria distinguir como um defensor do Realismo em Portugal; pertence à Geração de 70 e participa nas sessões do Cenáculo, juntando-se a outros escritores e pensadores como Antero de Quental, Batalha Reis, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão. Nunca abandonando a escrita, ingressa na carreira diplomática e é nomeado cônsul de Portugal em diferentes países, tendo o seu último posto consular em Paris. Morre em agosto de 1900, deixando para trás pequenos e grandes amores, sobretudo, a grande dedicação à família.