O espaço urbano da antiga Fábrica Quintas & Quintas na Rua Gomes de Amorim, conta, desde o último domingo, com um conjunto escultórico de homenagem ao Comendador Francisco Alves Quintas.
O Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, acompanhado de representantes da família do Comendador, descerraram a escultura numa cerimónia promovida pelo Município da Póvoa de Varzim.
Aires Pereira começou por fazer uma “saudação muito especial à família Quintas aqui reunida”, acrescentando que “nada melhor do que voltarmos às origens para nos unirmos e este momento que representa muito para nós tem também aqui este aspeto de vos ver todos juntos neste espaço que foi vosso e que continua a ser vosso”.
O autarca admitiu que “poderíamos ter muitos sítios na Póvoa onde recolocar esta estátua, mas nenhum é tão adequado quanto este. Diria mesmo que o senhor Francisco Quintas voltou a casa, a casa onde passou muitas horas. Assim, o local é dele e aqui irá ficar para sempre”.
Aires Pereira reconheceu que “a Póvoa era conhecida pela fábrica Quintas e Quintas, por aquilo que foi a sua evolução ao longo do tempo, desde os tempos do sisal até aos cabos de alumínio para transporte de energia elétrica e, portanto, tudo se construiu com inovação, tudo se construiu com inteligência e tudo se fez para que Quintas e Quintas fosse uma referência nacional nesta área da produção de energia e do transporte e da amarração”. Por isso, terminou transmitindo à família que, “enquanto Presidente de Câmara, é uma enorme satisfação estar aqui convosco e poder abrir a todos a renovação deste espaço e desejar-vos as maiores felicidades”.
Em representação da família, Filomena Quintas assumiu ser “muito difícil falar de alguém tão grande, ainda que de estatura pequena, tão profundo, ainda que de trato simples, tão marcante, ainda que discreto e humilde, tão profissional, que dava uma plena aula magna em todas as plateias. Um pobre homem da beira d’água, como dizia, ensinou-nos que um vime, apenas em conjunto com todos os aços, era mais forte que o aço”.
Reconheceu ainda que “hoje, que tanto se fala de sustentabilidade e de responsabilidade social, nós, felizmente, aprendemos que havia quem o fizesse há dezenas de anos atrás. E aprendemos com o exemplo de quem fez aquilo em que acreditava, na sua fé, na sua grandiosa simplicidade, que nos convoca à mais profunda reflexão e conclusão de que juntos somos mais fortes e de que juntos chegamos mais longe”.
Recorde-se que a estátua agora incorporada no conjunto escultórico foi oferecida pelos funcionários da fábrica Quintas e Quintas, em 1983, e agora transladada para este local.
