A Póvoa de Varzim conta, desde o passado sábado, com um monumento a José de Azevedo, no espaço urbano poente da Avenida dos Descobrimentos.
A escultura, da autoria de Margarida Santos, foi inaugurada pelo Presidente da Câmara Municipal, na presença de mulher e filhos do cidadão poveiro, jornalista, escritor e autarca que o Município homenageou.
Na sua intervenção, o Presidente da Câmara explicou que a escolha do local de implantação da estátua lhe pareceu “o ideal para alguém que viveu perto do mar, para o mar e para os homens do mar”, acrescentando que José de Azevedo foi “um símbolo de liberdade”.
Aires Pereira reconheceu que a criação da escultura foi um trabalho exigente para Margarida Santos, mas “para além da figura, está ali a pessoa do José de Azevedo: o homem com o jornal debaixo de braço, a caminhar de forma determinada”.
O Presidente da Câmara transmitiu que “com a escultura de José de Azevedo concluímos uma trilogia que tínhamos proposto fazer”, juntando-se a João Francisco Marques e Suzana da Costa.
Emocionado, Aires Pereira revelou que o maior legado deixado por José de Azevedo é “o sentimento de ser poveiro e de tudo aquilo que isso representa”. Deixou uma palavra final, agradecendo a presença de todos que estão a perpetuar para sempre a sua memória, perante esta “excelente representação de um homem grande, maior na escala escolhida, à altura da pessoa que conhecemos”.
Destacou ainda a presença da Confraria dos Sabores Poveiros, da qual José de Azevedo foi fundador, demonstrando a sua “preocupação em deixar às gerações futuras as tradições, neste caso gastronómicas, da nossa Póvoa de Varzim”.
O filho Pedro Azevedo, em representação da família, recordou o importante papel que José de Azevedo teve na nossa cidade enumerando as diversas funções que teve quer a nível político, associativo, cultural e recreativo. Referiu que “a paixão do meu pai foi a Póvoa e a família sentiu-o muito porque ele tinha menos tempo para nós em prol de se dedicar à Cidade”. Recordou que “José de Azevedo foi um etnógrafo que escreveu sobre usos, costumes e tradições. Deixou a história da Póvoa escrita e falou dos seus heróis, alguns até então desconhecidos”.
Sobre a homenagem do Município, disse que “é um momento que vai eternizar a figura do nosso pai e estamos muito felizes por isso”.
A sessão contou com um momento evocativo com música e declamação de textos protagonizado pela associação Leões da Lapa.